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Relatório da OCDE diz que Brasil é um dos países que menos protege a agricultura

Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura diz que os próximos levantamentos devem refletir o aumento do montante de recursos destinado ao campo neste anoO secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, disse nesta quarta, dia 18, que os próximos levantamentos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, na sigla em inglês) devem refletir o aumento do montante de recursos destinado ao campo pelo governo neste ano, para equalizar taxas de juros e para sustentar preços e garantir a renda dos produtores rurais.

A declaração foi dada em comentário sobre pesquisa da OCDE relativa ao ano passado, divulgada nesta quarta, mostrando que o Brasil é um dos países que menos protege a agricultura, com apoio financeiro equivalente a 5% da receita bruta dos produtores, nível correspondente a um terço da média mundial. Geller ressaltou que no atual Plano Safra o governo elevou em 18% os recursos do crédito rural, destinado à agricultura empresarial e familiar, para R$ 158 bilhões.

O secretário afirmou que nesta safra o governo deve gastar cerca de R$ 15 bilhões para apoiar o campo, por meio da equalização das taxas de juros, que variam de 3,5% a 5,5% no caso da agricultura empresarial, além de assegurar a sustentação de preços de produtos importantes como o milho e o café. Ele lembra que o governo já realizou viabilizou o escoamento de mais de oito milhões de toneladas de milho e está realizando leilões de contratos de opção de venda para sinalizar com a retirada do mercado de até três milhões de sacas de café.

Relatório da OCDE

Segundo o relatório divulgado mais cedo, o chamado nível de apoio ao produtor (PSE, na sigla em inglês) ficou estável entre 2010 e 2012. Nos últimos 10 anos, o índice brasileiro oscilou pouco, entre 5% e 7%. Essa relativa estabilidade vista no país contrasta com o aumento do apoio observado no restante do planeta. Segundo a mesma pesquisa, na média mundial governos aumentaram o apoio aos produtores de 15% da receita bruta em 2011 para 17% no ano passado.

– O Brasil oferece um nível relativamente baixo de apoio e proteção à agricultura, o que reflete sua posição como um exportador competitivo e sua política de comércio exterior relativamente aberta – diz o documento divulgado nesta manhã em Paris, na França.

Apesar de o indicador brasileiro estar bem abaixo da média mundial, a entidade destaca que o governo executa “uma ampla gama” de medidas de apoio ao campo. A OCDE cita como exemplos o “extensivo apoio para estabilização de preços e a intervenção no sistema de crédito para oferecer linhas aos agricultores com taxas preferenciais e refinanciamento de dívidas”.

A entidade afirma que 78% do apoio oferecido agricultor no Brasil é dado via política de preços ou subsídios. Segundo a OCDE, essa estratégia oferece aos produtores brasileiros “garantia de preços mínimos e crédito subsidiado”. O documento destaca que esse tipo de financiamento com parte do juro custeado pelos cofres públicos continua a crescer no Brasil. 

Agência Estado
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