? Isso se deve principalmente à antecipação da ocorrência da doença em lavouras comerciais. Em dezembro, já se registrava o dobro do número de focos comparado à safra 2006/2007 (safra referência de condições de epidemia) ? explica a pesquisadora Cláudia Godoy da Embrapa Soja.
A partir de janeiro, o Consórcio Antiferrugem passa a fazer prognóstico de risco semanalmente, por intermédio de mapas de risco climático para cada grande região.
? Isso facilita a indicação para áreas onde deve ser intensificado o monitoramento ou a prevenção da doença ? alerta a pesquisadora.
As informações estão disponíveis no Informativo de Risco do Consórcio Antiferrugem (www.consorcioantiferrugem.net). A publicação visa sumarizar as informações sobre o monitoramento da ferrugem e apresentar análises de risco com base em conhecimento especialista, análises climáticas e modelos de previsão de risco da ferrugem asiática. É elaborada pelo Laboratório de Epidemiologia da UFRGS com a colaboração dos demais membros do Consórcio.
De acordo com o Consórcio Antiferrugem, as tendências climáticas para o trimestre (janeiro a março) indicam chuvas acima do normal para as regiões Centro e Sul do país, enquanto que abaixo do normal para o Nordeste.
? Essa situação indica maior risco de ferrugem de maneira geral na safra para as duas primeiras regiões ? diz Godoy.
A maioria dos relatos de ferrugem asiática da soja, em área comercial, está concentrada na região Centro-Oeste, destacando-se GO (318), MS (145) e MT (65). O Paraná registra 124 relatos, o Rio Grande do Sul 10, Santa Catarina (1), São Paulo (6) e Minas Gerais (7). Bahia e Tocantins continuam sem registro oficial de ferrugem.