O VBP se refere à renda dentro da propriedade e considera os preços recebidos pelos produtores das principais culturas agrícolas do país. Em Minas, o produto mais importante das lavouras é o café, e nas avaliações da renda agrícola de 2012 está prevista uma redução de 10,2% para a cultura, que deve alcançar R$ 10,7 bilhões. Mas a cana de açúcar continua com boas perspectivas: valor de R$ 4,5 bilhões, aumento de 12,8% em relação a 2011.
– O aumento do valor previsto para a cana se deve ao aumento da produção e melhoria dos preços – assinala o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento. Ele aponta também para a estimativa de ascensão do milho com base nos mesmo fatores, que devem possibilitar um VBP de R$ 3,3 bilhões, aumento de 11,8% em relação ao ano passado.
A soja também segue com números expressivos: VBP de R$ 3,1 bilhões, crescimento de 39,4% em relação a 2011. Segundo Nascimento, o produto foi beneficiado principalmente pela valorização no mercado interno e externo.
– Assim como o milho, a soja tem uma demanda crescente principalmente para atender à produção de ração animal (aves e suínos), além das exportações do produto e seus subprodutos. Também contribuiu para o aumento do preço do milho e da soja a redução da safra americana – observa o secretário.
O VBP do feijão, em Minas, tem valor previsto de R$ 1,6 bilhão, aumento de 53,4%, principalmente como consequência da valorização do produto no mercado interno. Ainda são considerados expressivos os valores estimados para a banana, que devem alcançar R$ 667 milhões, aumento de 68,9%, e para a batata, que tem previsão de R$ 842 milhões, com crescimento de 11,5%. O algodão das lavouras de Minas também mostra bom resultado: VBP de R$ 236 milhões, aumento de 14,5% em relação a 2011.
– Pode-se constatar, portanto, que, à exceção do café, todos os principais produtos da agricultura mineira apresentam estimativa positiva – acrescenta Nascimento.