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Rentabilidade da cultura de manga diminui no Vale do São Francisco

Área plantada, no entanto, deve permanece estável no NordesteMesmo com a maior rentabilidade obtida na safra de manga em 2007, produtores do Vale do São Francisco não investiram em expansão de área em 2008, que se manteve semelhante à do ano anterior. No primeiro semestre deste ano, a exemplo de anos anteriores, a oferta de manga no Vale esteve bastante restrita, aumentando a partir de maio, quando produtores voltaram a colher parte dos pomares induzidos no final de 2007.

O maior volume na região atrelado ao prolongamento da oferta da palmer no interior de São Paulo resultaram em queda de 57% na rentabilidade de produtores do Vale em relação à obtida no ano passado. De janeiro a novembro deste ano, a média dos preços da tommy foi 23% menor que a do mesmo período de 2007, ficando abaixo do mínimo necessário para cobrir os gastos com a cultura (R$ 0,34 por quilo).

Apesar desse cenário, em 2009 a área deve ser semelhante à plantada em 2008. Produtores vêm fazendo a troca de pomares de manga tommy atkins pela palmer e kent, elevando a porcentagem dessas variedades no mercado nos próximos anos.

Clima pode reduzir safra 2008/09 em São Paulo

A produção da safra paulista de manga 2008/2009, cuja colheita iniciou em novembro de 2008, deve diminuir em torno de 10% em relação à da temporada anterior. Isso porque, com a estiagem ocorrida em junho e julho deste ano, alguns pomares ficaram debilitados, levando ao abortamento dos frutos. Outro fator que prejudicou os pomares paulistas foram os ventos fortes nas primeiras semanas de outubro, que provocaram queda de manga das árvores, principalmente da variedade palmer.

Por outro lado, alguns produtores registraram excelentes floradas, resultando em maior produção, o que pode minimizar a quebra prevista para a safra total 2008/2009. Nesse cenário de menor oferta, a expectativa é de que preços da palmer nos primeiros meses de 2009 atinjam patamares superiores aos de 2008.

Já a área plantada deve permanecer semelhante à de 2008. Na safra 2007/2008, a colheita da manga palmer terminou mais tarde que o de costume (abril) e, durante o pico de safra (janeiro a março), os preços ficaram abaixo dos registrados no mesmo período de 2007. A queda esteve atrelada principalmente à concentração de oferta em março. Isso ocorreu pelo fato de muitos produtores terem retirado a primeira florada nos últimos meses de 2007, no intuito de prolongar a colheita em períodos típicos de menor volume (março-abril).

Volume exportado sofre poucas alterações

De janeiro a outubro, o volume de manga embarcado pelo Brasil para o mercado europeu cresceu 11% em relação ao exportado em igual intervalo de 2007. O aumento foi limitado pela oferta restrita e pela baixa qualidade da fruta brasileira no primeiro semestre, resultante do clima chuvoso durante as floradas.

Com a elevação da oferta no segundo semestre, porém, os embarques à Europa ocorreram normalmente, com janelas favoráveis entre setembro e dezembro, quando se encerram os envios do México e Israel e ainda não iniciaram os do Peru. Já para os Estados Unidos houve queda de 2% no mesmo período, devido ao maior custo para o envio da fruta a este mercado.

Os embarques ao mercado norte-americano iniciaram em agosto, ainda que de forma lenta, tomando força em setembro, resultado da menor concorrência com a fruta mexicana e do atraso, em torno de um mês, da entrada das mangas equatorianas no mercado.

Quanto ao preço pago ao produtor do Vale pela manga destinada ao mercado europeu, houve baixa de 18% comparando-se o período de janeiro a novembro deste ano ao mesmo intervalo de 2007. Já para a fruta destinada aos EUA houve alta de 6%, impulsionada pela menor concorrência com a manga de outros países e pela alta do dólar frente ao real.

Para 2009 a expectativa é que o volume exportado aos dois mercados mantenha-se semelhante ao deste ano. Segundo exportadores, até então, a crise financeira não refletiu nas exportações brasileiras da fruta.

Os embarques de polpa, contudo, têm sido afetados pela menor demanda de países importadores, que estão carregando pequenas quantidades sem formar estoque. Assim, segundo alguns exportadores, o volume embarcado de polpa deverá cair em relação ao ano passado.

Produtores baianos estão mais capitalizados

Neste ano, a colheita de manga em Livramento de Nossa Senhora (BA) se concentrou no segundo semestre, resultado das floradas naturais. No período de pico de safra (setembro a novembro), o produtor baiano obteve rentabilidade 44% maior que a do mesmo período do ano passado, devido principalmente ao menor volume ofertado.

Dessa forma, mangicultores locais mantiveram os tratos culturais em 2008, além de investir na substituição de copa, principalmente de tommy atkins por palmer. A área total plantada, contudo, deve ser semelhante à de 2008.

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