Conforme informou Giannetti, o Frigorífico Bertin, que funciona no Estado e comercializa carne de cerca de 2,3 mil fornecedores, teve sua lista de compradores apropriada pelo Ministério Público, que acabou enviando uma carta a esses clientes, avisando que tais empresas seriam denunciados por co-responsabilidade de crime ambiental se comprassem carnes do Frigorífico Bertin.
Para Giannetti, não existia motivo para essa ação, visto que nenhum dos produtores de carne que fornecem para o Bertin sofreu embargo por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele reconheceu, porém, que algumas das fazendas paraenses, que abrigam 17 milhões de cabeças de gado, têm irregularidades e já sofreram autuações, mas não punição definitiva, e que isso não ocorre com a totalidade das fazendas.
? Agora, ninguém mais está vendendo carnes e quem sofre também é o consumidor. Na minha avaliação, houve uma quebra do direito privado e também uma quebra de sigilo fiscal dessas empresas. O MP não agiu de modo próprio, mas inspirado pelo Greenpeace ? reclamou o expositor, perante os senadores da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).