Até agora, a única empresa confirmada nessa categoria é a Gaia Energia, empresa do grupo Bertin, que já é sócio de Belo Monte. Segundo fontes que participam do processo, as empresas mais perto de um acordo para integrar o grupo são a Sinobras – Siderúrgica Norte Brasil, do Pará, Gerdau, Braskem e CSN.
Outras empresas, como Arcelor Mittal, também teriam manifestado interesse em ser sócias da hidrelétrica. O objetivo é ficar com uma parte da energia gerada pela usina a preços abaixo do mercado. A fatia disponível para os autoprodutores é de cerca de 400 megawatts (MW) médios. Autoprodutores interessados em participar do projeto reclamaram da falta de informação do overno necessárias para decidir se vale a pena ou não entrar no negócio.
? Nós não sabemos quem serão nossos sócios, quem vai construir a usina nem qual será o custo do empreendimento. Assim fica difícil decidir ? afirmou o executivo de uma empresa interessada, que não quis se identificar.
Além dos autoprodutores, os fundos de pensão já teriam acertado seu ingresso na empresa que vai explorar Belo Monte. Pelo último esboço, a Petros (dos funcionários da Petrobras) terá participação de 10% e a Funcef (Caixa), de 5% a 7,5%. A Previ (Banco do Brasil) também terá uma participação – ainda não definida – por meio do fundo 521 Participações, hoje sócio da CPFL e Neoenergia. O fundo de investimento FI-FGTS terá outros 5%. Juntos, os fundos ligados ao governo terão 30% de Belo Monte.