Segundo Luciano Vacari, superintendente da Acrimat, a empresa apresentou os estudos de viabilidade econômica do plano de recuperação judicial sem qualquer alteração em relação às propostas já anunciadas ? que serão analisadas na assembleia geral de credores, marcada para o dia 21 de outubro, na primeira chamada, e no dia 28 deste mês, na segunda chamada.
O Grupo Frialto, composto pelas empresas Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos SA, Agropecuária Ponto Alto LTDA e Urupuá Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, tem uma dívida de R$ 564 milhões, conforme os dados apresentados na reunião. Do total, o grupo deve R$ 453 milhões a instituições financeiras e R$ 97 milhões a pecuaristas. Outros R$ 6 milhões são relativos a dividas trabalhistas e R$ 8 milhões referem-se a despesas com frete.
O plano de recuperação judicial protocolado na última quinta pelo Grupo Frialto, na 2ª Vara da Comarca de Sinop, apresenta dois cenários. A hipótese prevê contratação de financiamento de R$ 50 milhões para a continuidade das operações. No caso da obtenção do financiamento, os créditos não superiores a R$ 25 mil dos credores estratégicos seriam pagos cinco dias após a homologação do plano pela assembleia geral de credores. O pagamento aos demais credores seria de 10% do saldo devedor, 35 dias após o pagamento feito àqueles que receberam integralmente. O grupo se compromete a pagar, dez dias após receber o financiamento, 50% do saldo devedor e, o restante, em 11 parcelas.
Na hipótese de o Frialto retomar as atividades sem o financiamento, os credores estratégicos com créditos não superiores a R$ 25 mil seriam pagos cinco dias após a homologação do plano. Os demais credores receberiam 10% do saldo devedor 35 dias após o pagamento integral e outros 50% em 11 parcelas mensais. Os 40% restantes seriam pagos em 12 parcelas mensais.