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Ribeirão Cana Invest prevê cenário otimista para setor sucroenergetico em 2011

Reunião em SP debate sobre números de safra, qualidade da cana e renovação dos canaviaisTerminou nesta quarta, dia 2, em Ribeirão Preto, interior paulista, o segundo Ribeirão Cana Invest. O principal polo do setor sucroenergetico debate sobre números de safra, qualidade da cana e renovação dos canaviais para atender à crescente demanda por etanol e açúcar. Os especialistas discutiram as necessidades de investimentos e traçaram o cenário otimista até 2014.

Os números mostram uma produção de cana-de-açúcar semelhante à safra passada, de 550 milhões de toneladas. Dependendo do clima nos meses de março e abril, podem ser colhidas até 15 milhões de toneladas a mais. As lideranças do setor estão cautelosas nas previsões, pois os investimentos no campo foram comprometidos pela baixa remuneração do setor. Isso provocou o envelhecimento do canavial.

Historicamente, a renovação dos canaviais se manteve em 18% a cada safra. Mas em 2010 esse índice não chegou a 11%. Para 2011, as reformas a campo vão ser ampliadas para fazer frente ao mercado que precisa crescer mais 3,5 milhões de hectares até 2014. Só para o plantio são necessários mais de R$ 14 bilhões de investimento.

? O envelhecimento dos canaviais se deve a crise de preços de etanol e açúcar nos últimos três anos que desmotivaram os investimentos principalmente na área de fornecedores de cana. Com isso não se tem dinheiro disponível e crédito também há uma redução natural nos investimentos em novas lavouras ? ressaltou Dib Nunes Junior, diretor Instituto de Desenvolvimento Agroindustrial (IDA).

Os produtores estão estimulados pelos atuais preços para investir na expansão dos canaviais, mas esperam uma parceria maior com a indústria.

? O que precisa existir em muitos grupos industriais é a real posição de parceiros. Sem parceiros os produtores começam desestimular ? afirma Oswaldo Alonso, da cooperativa dos plantadores de cana do Oeste de São Paulo.

O álcool hidratado sem impostos no preço base do mês de junho de 2009 estava em R$ 0,58 o litro, pago ao produtor, em 2010 subiu para R$ 0,70. A previsão para junho deste ano é chegar próximo de R$ 0,90 pelo litro, o que deve afetar o consumo do etanol.

? Deve resultar no consumo de álcool hidratado menor do que foi constatado em 2010, mas faz parte do ajuste da oferta e demanda de álcool. Nesta safra em função da oferta de cana, deve estar muito parecida com a do ano passado ? comenta Plínio Nastari, presidente da Datagro.

Na necessidade de ampliar o parque canavieiro, o BNDES espera um novo ciclo parecido com aquele que encerrou em 2008 e teve como reflexo o investimentos de R$ 30 bilhões nos últimos três anos. A retomada só deve acontecer a partir do segundo semestre, por enquanto não existe nenhum novo projeto em avaliação no banco.

? Que a gente tenha no final deste semestre, no balanço que as empresas publicam os resultados, uma retomada dos investimentos ? Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe de departamento de Biocombustiveis BNDES.

Para o setor ganhar impulso mais consistente, dois pontos são indispensáveis. O primeiro é garantir do governo uma tributação diferenciada reconhecendo os valores ambientais e sociais do etanol frente aos combustíveis fósseis. O segundo é melhorar o desempenho dos motores.
 
? Tecnologia de motores voltando na direção daquilo que existia em 1991, que era uma relação de preço diferença de 81% que acabou caindo para 70% na frota flex, mas que tem condições de melhorar ? completa Nastari.

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