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Rigor com transgênico reduz exportação de milho dos Estados Unidos à China em 85%

Prejuízo para a indústria norte-americana já chega a US$ 427 milhõesA rigorosa posição da China contra a importação de certas variedades de milho geneticamente modificado tem prejudicado as exportações dos Estados Unidos, justamente no momento em que o país colhe uma safra recorde. Estimativa da Associação Nacional de Grãos e Sementes, que representa a indústria norte-americana, aponta para uma queda de 85% no volume embarcado para o gigante asiático no acumulado de 2014 ante igual período de 2013, com apenas 171 mil toneladas. Pelos dados da associação, 1,45 mi

-É bem dramático para os EUA não abastecer o mercado chinês – afirma o presidente da Associação de Exportação de Grãos norte-americana, Gary Martin.

Empresas

Produtos transgênicos são cultivados nos EUA desde 1996, e as empresas que os produzem, como Syngenta, Monsanto e DuPont, geralmente estão alinhadas com as tradings que os comercializam, como Archer Daniels Midland (ADM) e Cargill. Agora, ambos os lados discutem quem deve arcar com os prejuízos causados pela China.
 
Para a Associação de Exportação de Grãos, que inclui ADM e Cargill, os riscos são assumidos pelas produtoras de sementes. A entidade também disse que se opõe a introduzir grãos transgênicos em países que não deem garantias de aprovação. A Syngenta, contudo, não atendeu às recomendações e enviou à China o milho geneticamente modificado que hoje atrapalha todo o setor norte-americano. A empresa não se pronunciou sobre a questão nem se irá arcar com os embarques rejeitados.
 
Alguns representantes avaliam que as negativas de Pequim têm mais fundo comercial do que de segurança alimentar. Karl Setzer, analista da cooperativa MaxYield, em West Bend (Iowa), diz que a China importa a variedade produzida pela Syngenta há três anos e só veio se posicionar contra o produto agora que começa a reduzir a dependência dos EUA, comprando também do Brasil e da região do Mar Negro. Um porta-voz da embaixada da China nos EUA negou que as rejeições tenham fundo econômico, afirmando que a lei chinesa para produtos transgênicos é “transparente”.
 
Maior mercado mundial para o milho atualmente, a China importou 5 milhões de toneladas do grão de diversas origens em 2013, bem mais que as 47 mil toneladas observadas em 2008, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

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Agência Estado
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