O Rio Grande do Sul deve colher a maior safra de soja de sua história, segundo estimativa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com 18,7 milhões de toneladas. De quebra o estado deve assumir a segunda posição no ranking de maior produtor brasileiro do grão, superando o Paraná, que sofreu com o clima e teve quebra de safra.
O que se vê nas lavouras, são máquinas trabalhando rapidamente para colher a soja, que foi semeada dentro da janela ideal e o clima ajudou no desenvolvimento. Com isso, o produtor está confiante que conseguirá bons resultados.
“Implantamos as lavouras em novembro, na época ideal. Nas áreas de várzea, sofremos um pouco com o excesso de umidade no período vegetativo, mas depois as chuvas foram adequadas, sem excesso. A gente conseguiu completar o ciclo de uma forma bem regular com as chuvas”, comenta o produtor rural, Felipe Freire.
De acordo com o engenheiro agrônomo Ricardo Machado Kroeff, a boa produtividade é atribuída à rotação de culturas. Com isso ele acredita em um volume até 15% maior, principalmente onde antes se tinha arroz. “As áreas que entram na resteva de arroz, com soja, também há ganhos pela menor pressão principalmente de doenças”, ressalta.
O analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez fala que a expectativa do estado é mesmo bater recorde, com 19,3 milhões de toneladas colhidas, acima dos números estimados pela Conab. A explicação é o clima favorável e o aumento de área. O Paraná não teve a mesma sorte. Com a quebra de safra estimada em 15%, deixa o estado gaúcho ocupar a segunda posição no ranking nacional.
“Não há problemas relevantes nas lavouras gaúchas e o estado deve colher a maior produtividade da história, a gente deve alcançar aí uma produtividade média no estado de 55 sacas. Isso vai nos dar mais produto, o produtor gaúcho ele vai ter mais produto na mão nessa temporada para negociar, o que é algo muito positivo porque mesmo que o custo cresça ele consegue diluir um pouco mais esse custo com mais produto na mão”, conta.