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Rio Grande do Sul: agroindústria gera autonomia financeira para produtoras rurais

Agroindústria Mulheres Guerreiras é um dos sete trabalhos gaúchos que concorrem ao prêmio Mulheres Rurais que Produzem o Brasil SustentávelSete trabalhos do Rio Grande do Sul concorrem ao prêmio nacional Mulheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável, promovido pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. A iniciativa é um estímulo aos empreendimentos femininos do campo. A agroindústria Mulheres Guerreiras é um dos exemplos. A empresa virou a principal fonte de renda de 11 produtoras da Região Central do Estado.

Na pequena horta, a produtora rural dona Edília Eichelberg cuida da plantação de pepinos e rabanetes. Ela é uma das integrantes da Associação Mulheres Guerreiras, de Passo do Sobrado (RS). A produção de hortifrutigranjeiros abastece a agroindústria criada pelo grupo.

– Pepino, rabanete, beterraba, repolho. Nós trabalhamos bastante. Estou feliz e espero que continue – afirma dona Edília.

Toda a matéria-prima é cuidadosamente beneficiada na agroindústria. Os produtos são lavados, descascados e colocados em vidros de conserva. Para dar conta da demanda de cerca de 30 caixas de conservas por dia, as produtoras Dirce Beckenkamp Fischer e Sônia Eichelberg chegam a trabalhar mais de nove horas diárias. O trabalho, que exige muita dedicação, garantiu a emancipação financeira das colaboradoras.

– Elas logo identificaram a necessidade de melhorar suas conservas. Os produtos são feitos sem o uso de agrotóxico em sua maioria, são saudáveis – destaca o engenheiro agrônomo da Emater-RS, Marines Bock.

A agroindústria produz duas mil conservas por mês, que são vendidas na região. Através de uma parceria com a prefeitura, o empreendimento fornece os produtos para a merenda escolar do município.

– É importante dar visibilidade ao trabalho das mulheres rurais, automaticamente elas se fortalecem entre si e começam a acreditar nas suas próprias propostas. A troca de experiências é muito significativa para o avanço da perspectiva da autonomia econômica delas  dentro da propriedade – destaca a assistente técnica estadual em gênero da Emater-RS, Magda Tonial.

Os 10 primeiros trabalhos do concurso receberão R$ 20 mil. O prêmio já é almejado pelas mulheres de Passo do Sobrado, já que hoje elas mantêm a estrutura do negócio graças à contribuição mensal das associadas, no valor de R$ 3,00.

– A maioria dele será investido na própria agroindústria. Independentemente de ganharmos ou não, só de o público conhecer nosso trabalho já é uma boa ideia – finaliza a produtora Sônia.

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