A propriedade do produtor rural Carlos Rudolf foi afetada pela seca. O desenvolvimento das espigas de milho foi prejudicado e algumas nasceram com falhas. A propriedade já foi vistoriada e, de acordo com a perícia, 90% da produção estão perdidos. O agricultor espera pela aprovação do seguro, e nos próximos anos, pretende investir em irrigação.
– A Emater está com programas do governo para fazer açudes e dar equipamento para irrigação, onde 80% eles pagam e 20% o produtor. Temos gado em confinamento que é o que nos dá um retorno financeiro – relata.
Mais quatro mil solicitações foram entregues à Emater para realização de laudos técnicos. As análises retornam às instituições financeiras, que têm um prazo de 15 dias para julgar a perícia. Em todo o Estado dez mil pedidos já foram feitos pelos produtores.
– Agora temos um prazo de até oito dias corridos para realizar essas perícias e depois elaborar os laudos. Após, encaminharemos para o banco, com mais oito dias. Então, a tendência é aumentar um pouco mais essa semana, mas primeiro aguardamos o pronunciamento dos bancos – explica o agrônomo da Emater/RS, César Henrique Ferreira.
Os laudos podem ser únicos quando há perda total da lavoura. Nos laudos parciais é preciso uma reavaliação no final da colheita. No Banco do Brasil a demanda está grande. De acordo com o superintendente regional do banco, José Carlos Reis da Silva, a intenção é acelerar os processos para liberação do recurso.
– Nós, até o momento, temos comunicado a perda de 6,5 mil produtores. Vamos fazer uma força-tarefa para aprovar, definir as coberturas em um prazo de 40 dias no máximo. Faremos todo o esforço para entregar a conclusão dos laudos o mais rápido possível. Entendemos o momento crítico que vive o Rio Grande do Sul – relata.