Na capital Porto Alegre, ocorreu o popular desfile tradicionalista, com 2,7 mil cavaleiros, vindos de várias cidades do Rio Grande do Sul. A abertura ficou com a Brigada Militar, que nasceu, justamente, durante o período da guerra.
? A brigada surgiu, inicialmente, para a defesa de Porto Alegre, mas depois ela se articulou com as forças imperiais. No momento da paz, a brigada se funde com os ideais farroupilhas na construção de um novo estado pertencente ao Brasil ? conta o comandante da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu.
Além dos militares, o desfile contou com a participação de tradicionalistas. A chuva não atrapalhou a marcha, mas apagou a Chama Crioula, símbolo do orgulho ao Rio Grande do Sul. O comerciante Paulo Belarmino, patrão do CTG Lenço Colorado do Internacional, era o responsável por manter o fogo:
? É um privilégio, um orgulho poder carregar o símbolo de toda essa revolução e ajudar a mantê-la viva nos dias de hoje ? disse.
A Chama Crioula foi acesa, pela primeira vez, há mais de 60 anos, por um grupo de estudantes que queria manter as tradições como o uso da pilcha ? a indumentária do gaúcho ? ou o hábito do chimarrão. As crianças também participam do evento.
? Eu já desfilei em outros lugares. Estou encharcada, mas me sinto tri bem ?, diz a estudante Maria Fernanda de Almeida, de 11 anos, que foi da cidade de Torres à capital gaúcha.