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A Federarroz afirma que a safra é modesta diante do potencial de produção do Estado, e destaca que os números ainda estão indefinidos, porque em algumas áreas, houve dificuldades de manejo e atraso no plantio.
A falta de energia elétrica para irrigação está preocupando o setor arrozeiro do Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da Federarroz, Henrique Osório Dornelles, já há registros de perdas em algumas regiões, o que pode comprometer a produtividade das lavouras de arroz.
– A produção pode ficar comprometida. A planta sofre o estresse e somente depois quando coloca a máquina é que dá para saber. Inclusive nesse momento, onde os grãos estão num estágio de maturação, poderá acontecer uma deterioração da qualidade desse grão – explica Dornelles.
O problema que há anos afeta produtores gaúchos, tem se agravado a cada verão, com frequentes falhas no abastecimento elétrico. A falta de energia ameaça diminuir em até 20% o volume colhido.
– Na região de Santa Vitória do Palmar, na zona Sul do Estado, a lavoura vai cobrar a falta de energia e certamente teremos perdas. Na região da fronteira oeste, pontualmente, algumas regiões como Alegrete e Uruguaiana também terão perdas. Vejo que essa é uma situação que teremos que enfrentar, não somente o setor do arroz, mas o setor agrícola – lamenta.
Com safra modesta, os preços pagos ao produtor são um pouco melhores, se comparados a anos de crise no setor. Dornelles destaca, porém, que ainda não são suficientes para equilibrar as contas dos arrozeiros que enfrentam o aumento constante do custo de produção.