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Rio Grande do Sul deve dedicar menos espaço para plantio de arroz

Chuva abaixo da média e tática para reduzir os estoques são os motivos para reduçãoO plantio da próxima safra de arroz já começou no Rio Grande do Sul. Mas o Estado vai dedicar menos espaço para a cultura. Um dos motivos é a chuva abaixo da média na fronteira do Brasil com a Argentina. O outro é uma tática para diminuir os estoques e aumentar o preço do produto.

Na zona sul do Estado, os irmãos Eckert vão diminuir em 10% a área plantada com arroz. As lavouras, que ficam no município de Tapes, ocuparam mil hectares na última safra, agora, não vão passar de 850.

? Optamos por reduzir um pouco a produção para diminuir os estoques. Pode ser que a gente recupere um pouco do preço, para ao menos empatar, pra não ter prejuízo. A safra 2009/2010 foi de frustração, produzimos 15% menos e esta última safra foi a defasagem no preço. Então, temos que ter muito cuidado porque, para não ficar repetindo, optamos por reduzir área ? conta o produtor Arnaldo Eckert.

Em Uruguaiana, o problema é a falta de chuva.

? Nessa época nós já tínhamos quase a barragem cheia. Agora a barragem está seca e não tem muita previsão de chuva. Se não chover, nós vamos terminar de quebrar ? lamenta o produtor Valdomiro Copeti.

O Instituto Riograndense do Arroz (Irga) considera positiva a redução de área.

? Acho que é um sinal de amadurecimento do produtor. Já temos vários produtores que são referência nesse aspecto e temos que pensar que a lavoura de arroz não pode ser vista isolada dentro da propriedade, dentro do sistema, tem que ser analisado o todo. E que o arroz em determinadas situações é a cultura principal e deverá ser dentro da condição de várzea mas que poderemos implantar outras culturas ou outros sistemas de produção que possam trazer benefícios para a execução da lavoura de arroz ? ressalta o técnico do Irga, Rui Ragagnin.

O economista da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antonio da Luz, acredita que a redução de área feita pelos produtores é pouco para mudar a realidade de preço. Ele diz que o Brasil sofre um concorrência desleal com países vizinhos, que pagam menos pelo custo de produção. A carga tributária faz com que as máquinas agrícolas produzidas no Rio Grande do Sul saiam 30% mais caras no Brasil do que na Argentina, por exemplo.

? O governo pode fazer duas coisas para colaborar com este movimento dos produtores de redução. Ele pode por exemplo, permitir que a gente compre lá, já que pode entrar arroz. Porque não pode entrar os insumos também? Ou libera para que a gente possa comprar lá também. Ou quem sabe olha para o produtor brasileiro da mesma forma que o produtor argentino é olhado pelo governo argentino, que o produtor uruguaio é olhado pelo governo uruguaio, paraguaio e assim por diante. Se eles são tributados até este nível, eu não posso tributar um nível acima, eu tenho que tributar neste mesmo nível. E a gente não quer que ele tribute menos, a gente só quer que ele tribute igual ? afirma Antonio da Luz.

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