A informação foi dada nessa quinta-feira, dia 19, pelo prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp (PDT), que afirma ter recebido um e-mail da direção da empresa confirmando o projeto no município.
Oficialmente, a companhia ainda não anunciou a escolha do Estado para o empreendimento. O grupo admite, porém, que as negociações com o governo gaúcho e com a prefeitura de Passo Fundo estão avançadas.
? A receptividade no Rio Grande do Sul é muito boa e estamos otimistas ? disse o diretor de relações corporativas da Ambev, Milton Seligman.
O secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Fernando Záchia, reitera que ainda faltam alguns acertos, mas acredita que um acordo esteja próximo de se concretizar:
? Se houver algo concreto, semana que vem será feito o anúncio.
Dipp afirma que a companhia teria pré-selecionado duas áreas no município para receber a planta, que ocuparia um terreno de 30 hectares. Os locais estariam a cerca de 20 quilômetros da zona urbana do município.
Uma dessas áreas fica às margens da estrada Passo Fundo-Carazinho (BR-285), e a outra, é lindeira à rodovia Passo Fundo-Pontão (RS-324).
? As negociações começaram há oito meses. Mas há pelo menos dois anos a Ambev prospectava uma área em nossa região ? contou Dipp, que prevê a criação de cem empregos.
Segundo o prefeito, na próxima semana, técnicos da companhia devem ir a Passo Fundo para definir a área onde o complexo será instalado e assinar um protocolo de intenções.
Segundo Dipp, a maltaria vinha sendo disputada com cidades argentinas, paulistas e com a gaúcha Vacaria. Passo Fundo teria sido escolhida por causa da grande produção de cevada na região, pelo importante pólo logístico (ferrovias, rodovias e aeroporto com vôos diretos para São Paulo) e pela localização geográfica.
Contrariando a confiança de Dipp, uma fonte ligada ao governo gaúcho diz que a disputa com Vacaria ainda não está encerrada. Na companhia, circulam informações de que a opção mais provável é Passo Fundo, devido à vantagem logística. A Ambev mantém no município um centro de secagem e armazenagem de cevada, com capacidade para 300 mil toneladas do cereal. O local é um entreposto logístico para a produção regional, que é enviada para a maltaria do grupo em Porto Alegre.
A tendência é que, quando operar, a nova maltaria responda pelo processamento de matéria-prima gaúcha, enquanto a estrutura de Porto Alegre passaria a trabalhar com cevada importada.