O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química, na última safra, foram vendidos mais de sete bilhões de dólares em defensivos agrícolas. Mais do que incentivar o plantio e o consumo de produtos orgânicos, a campanha quer mostrar o perigo que se esconde por trás do uso incorreto nas lavouras.
? O que percebemos e que a sociedade desconhece é o uso de produtos que são proibidos no Brasil e que entram pela fronteira, a mistura de agrotóxicos que potencializam muitas vezes estes produtos, o uso de produtos que não são indicados para os culturas e dosagens acima do permitido. Então tem uma série de questões que a sociedade desconhece. Aí se compra na feira, na Ceasa e não se sabe que produto está consumindo e que contaminantes potenciais podem estar sendo consumidos ? ressalta o chefe de gabinete da Emater-RS, Jaime Weber.
Para o professor da faculdade de agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Aldo Meroto, campanhas como esta precisam ser bem fundamentadas. Para ele, todo agrotóxico usado no Brasil passa por uma série de estudos feitos pelo Ministério da Agricultura, Ibama e Anvisa que determinam um nível de segurança para os produtos usados na produção de alimentos. Mas é preciso mais orientação.
? É preciso que o agrônomo, o profissional responsável pela prescrição e pelo uso disso, com relação a produção de alimentos, seja treinado, tenha conhecimento e saiba como fazer o uso destes produtos de uma forma segura. Diante disso, é importante que os produtores busquem esses profissionais bem treinados para que assim seja possível se fazer uso destes produtos de uma forma segura.