Esperançoso com o cenário do grão, o produtor Celso José Biffi, 53 anos, iniciou na sexta-feira o plantio de 120 hectares de soja em Passo Fundo, no Norte. Na área, cultivou aveia durante o inverno. O produtor ainda irá plantar outros 105 hectares de soja na propriedade. No final do mês, no espaço da canola, e em novembro, após a colheita de trigo.
Para esta safra, a expectativa de Biffi é aumentar a produtividade. O agricultor espera colher 60 sacas por hectare em 2013, 15% a mais do que na última safra, quando obteve 52 sacas por hectare – número superior à média estadual, de 25,9 sacas por hectare, segundo a Conab. No próximo ciclo, a projeção é de que a produtividade gaúcha chegue a 45 sacas por hectare.
– Esperamos nos superar com investimentos em adubos e manejo, mas também dependemos do clima – comenta Biffi.
A área cultivada no Estado também deverá crescer, segundo a Conab, sobretudo em espaços antes destinados a pastagens ou outras culturas de verão. De 4,2 milhões de hectares na safra anterior, poderá chegar a 4,49 milhões de hectares na próxima. O Brasil deverá colher 82,47 milhões de toneladas, conforme estimativa da Safras & Mercado.
A quebra na safra americana da soja promete impulsionar as exportações nacionais. Países parceiros tradicionais dos Estados Unidos, como a China, devem abrir mais portas para a soja brasileira no próximo ano. Com aumento de área plantada, o Rio Grande do Sul precisa afirmar-se neste cenário, segundo o analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da Safras & Mercado:
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– A demanda mundial por soja é muito grande e teremos oportunidades importantes de exportação nesta safra, principalmente para países que negociavam com os Estados Unidos.
Apesar da pequena queda habitual do preço com a entrada da safra, a rentabilidade da cultura deve animar produtores em 2013.
Roque afirma que o preço da soja não deve baixar dos R$ 65 a saca. Atualmente, chega aos R$ 72. Quem comercializou a safra antecipadamente manteve a média de R$ 64 a saca, preço considerado bom pelo analista.
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