Para o segundo semestre, a tendência de valorização internacional do grão associada à dificuldade climática dos Estados Unidos gera perspectiva de bons negócios.
O atual momento da comercialização é quase o dobro dos 31% de média dos últimos cinco anos. A melhora nos preços do grão e o aumento da demanda, especialmente internacional, são fatores que contribuem para a alta. Neste cenário, a venda escalonada se fortalece na busca do melhor momento para incrementar a rentabilidade da safra.
? O mercado interno oferece opções como o biodiesel, e as exportações avançam favoravelmente. O momento é confortável ? afirma o analista de mercado, Farias Toigo.
A disparada do preço também garante tranquilidade. Em abril, o preço médio da saca para venda em lote fechou em R$ 44,50 na região de Passo Fundo (RS), segundo a Capital Corretora. Em maio, subiu para R$ 46. Na primeira semana de junho, alcançou R$ 47,50. Nessa quarta, dia 15, estava em R$ 46. Apesar da pequena queda, há otimismo para que o preço possa atingir até R$ 50 nos próximos meses.
Aos 50 anos, o agricultor Péricles Ferlin atingiu a maior produtividade da vida na safra atual, a média chegou a 60 sacas nos 700 hectares no interior de Marau (RS). Um terço da colheita foi vendido em contratos futuros por R$ 50 a saca. Com excedente de produção, está de olho na alta do grão para aumentar o lucro e expandir a propriedade.
? A soja é a moeda da gente. Temos de saber a hora de arriscar ? destaca.