O prejuízo ultrapassou R$ 300 milhões em 2011. O país vizinho chegou a comprar 5,2 mil máquinas agrícolas por ano do Brasil, sendo responsável por 25% apenas da produção gaúcha. Com a suspensão das licenças para a entrada de produtos, os fabricantes do Estado amargaram perdas de mais de 10% e reduziram o quadro de funcionários.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), a dificuldade de entrada na Argentina fez com que as empresas buscassem um reposicionamento no mercado. Pelo menos três delas já instalaram fábricas no país.
– A Argentina, hoje, é o terceiro maior produtor de soja do mundo. Então, é um mercado que ninguém quer perder. Os próprios chineses estão começando a financiar os agricultores da Argentina para vender as máquinas. Nós estamos aqui dormindo em berço esplêndido. Se continuar assim, os chineses ou outros países vão tomar conta do mercado argentino – afirma o presidente do Simers, Cláudio Bier.
O Rio Grande do Sul, no entanto, ainda ocupa com vantagem o posto de maior fabricante de máquinas agrícolas do país. Mais da metade delas saem do Estado.