O pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Sérgio Delmar dos Anjos, avalia que os resultados, até o momento, têm sido positivos.
– Nossos resultados iniciais têm sido muito interessantes na área de produtividade dos genótipos de cana como também na parte de adubação e fixação biológica de nitrogênio, que é uma coisa importantíssima, que interfere no custo de produção – afirma Anjos.
O projeto conta com profissionais de Unidades da Embrapa, universidades e empresas sucroalcooleiras. A pesquisa é dividida em segmentos. A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (Fepagro), por exemplo, está cuidando da fixação do nitrogênio. Já na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) são feitos estudos sobre adubação, preparo de solo e fixação biológica do nitrogênio.
Na serra gaúcha, uma pesquisa da Fepagro está buscando resgatar variedades crioulas. Segundo a pesquisadora da Fundação, Caren Lamb, muitas variedades existentes há mais de 50 anos não possuem caracterização. A ideia é obter materiais também para a formulação do etanol.
– Sabemos que muitas regiões do nosso Estado não possuem condições adequadas para a cana-de-açúcar devido às geadas. Por isso estamos caracterizando estes materiais, buscando materiais tolerantes ao frio para investirmos na produção de açúcar e na obtenção do etanol – disse Caren.
A pesquisadora informa que o estudo está em andamento e a ideia é disponibilizar materiais de elite para a obtenção do etanol.
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