Rio Grande do Sul quer dobrar produtividade do milho até 2020

Meta foi estabelecida no Seminário de Alinhamento Estratégico da Câmara Setorial do Milho em IjuíAté 2020, o Rio Grande do Sul deve dobrar a produtividade da lavoura de milho. Este é o principal desafio estabelecido no Seminário de Alinhamento Estratégico da Câmara Setorial do Milho, que encerrou nessa quinta, dia 22, no município de Ijuí (RS). Promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, o evento reuniu os principais integrantes da cadeia produtiva.

A realização teve como objetivo identificar os principais gargalos e apontar as alternativas que possam orientar o estabelecimento de políticas públicas e planos de ações. Para que se alcance a meta, foi destacada a necessidade de implantação de sistemas de irrigação em conjunto com a adoção de novas tecnologias. O coordenador das Câmaras Setoriais da Secretaria da Agricultura, Dílson Bisognin, alertou que também é fundamental investir na qualificação e no treinamento da mão de obra para que haja o correto manejo da cultura.

O presidente da Associação de Produtores de Milho (Apromilho), Claudio de Jesus, destacou a oportunidade de juntar produtores e governo com todos os setores da cadeia produtiva para definir as ações que precisam ser adotadas para desenvolver, a partir do grão, setores como a suinocultura, avicultura e bovinocultura de leite.

De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, o milho cumpre papel estratégico para as criações de frangos e suínos, bem como para a produção de leite, já que é a base da alimentação. Com o aumento da demanda mundial por proteínas, deve, por exemplo, ampliar o mercado internacional de frangos. E o Rio Grande do Sul, na opinião do secretário, deve estar preparado para disputar fatias deste mercado, para o que é fundamental tornar-se auto-sustentável na produção de milho.

? Como hoje produzimos cerca de 5,6 milhões de toneladas, mas consumimos quase sete milhões, precisamos importar de outros estados aproximadamente 1,57 milhão, o que acaba encarecendo a produção, diminuindo a nossa competitividade e provocando uma evasão fiscal de pelo menos 80 milhões de reais por ano ? diagnosticou Mainardi.

Segundo ele, com a irrigação é possível incrementar a produtividade média do Estado, hoje estimada em 85 sacos por hectare. Para isso, o secretário defende a criação de linhas de financiamento para sistemas de irrigação com mecanismos de rebate dos juros a partir dos ganhos de produtividade a serem registrados.