O pomar do citricultor Paulo Adriano Kunzler rendeu 30 mil caixas, entre laranja e bergamota. O produtor costuma vender a colheita para a Central de Abastecimento do Estado do Rio Grande do Sul (Ceasa). Nesta safra o clima ajudou.
? A qualidade foi bem boa esse ano, devido ao tratamento, boa adubação e por não faltar chuva. Foi boa a safra, um pouco melhor que a passada, porque ano retrasado passou um tornado que prejudicou a produção ? conta.
Este ano o preço da laranja valência para o produtor teve variação de R$ 6 a R$ 12 a caixa. A safra de bergamota de R$ 10 a R$ 20 a caixa, e o limão está saindo por R$ 50. Alguns produtores ainda estão colhendo laranja, mas 90% da colheita já foi realizada.
O município gaúcho São José do Hortêncio colhe anualmente uma média de 10 mil toneladas de citrus. A farta colheita e o desejo de agregar valor ao produto, motivou os citricultores a formar uma associação com outros municípios. Até o ano que vem uma cooperativa deve exportar suco para outros países.
? Hoje tem 12 municípios que estão aprendendo a trabalhar em conjunto, a vender seus produtos em conjunto, unindo forças. Pelo que se vê tem dado bons resultados. Os produtores estão saindo do individualismo e partindo para uma ação coletiva, tanto em nível de trabalho integrado a manejos de pomar como na hora da venda, que é o ponto mais importante da atividade citrícola ? afirma o técnico agrônomo da Emater, Luiz Maurício Finkler.
Só na cidade, 125 citricultores têm nessa atividade a principal fonte de renda e a área de citrus está aumentando.
? A cidade vem num crescente de 20 até 40 hectares que são aumentados na área do município que são plantados a mais. Nos outros municípios não deve ser diferente, há um incremento, estão apostando na atividade ? conclui Finkler.