A ideia é reunir entidades para instalar a Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, que funcionará paralelamente à conferência. A cúpula também acompanhará os eventos preparatórios para a Rio+20.
Cerca de 150 entidades de 27 países querem garantir a aprovação de propostas para o fim de problemas ambientais que acentuam desigualdades sociais, além de chamar atenção para o mito da economia verde, segundo o representante dos povos indígenas Marcos Terena.
? Não vamos permitir que o argumento da economia verde olhe para a Amazônia, as florestas, a natureza, como mais uma fonte mercadológica capaz de atender às mesmas pessoas que estão destruindo o meio ambiente: os grandes blocos industriais, econômicos e até estatais ? disse.
Para Fátima Mello, que integra a Rede Brasileira de Integração dos Povos, os países têm dificuldades de assumir compromissos com medo de prejudicar as economias, mas a Rio+20 pedirá que comecem imediatamente um novo ciclo de economia comprometido com as novas realidades ambientais.
? Vamos afirmar que não haverá uma RIO+40. Nosso planeta não aguentará isso. Vamos dizer claramente que estamos cansados de conferências sem capacidade implementação e compromissos que não são condizentes com a crise do nosso planeta ? disse.