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Rio+20 terá desafio de melhorar governança global sobre o uso das águas, diz diretor da ANA

Uso da água na crescente produção de alimentos está entre os temas que devem ser discutidos na Rio+20Representantes do governo e da sociedade civil brasileiros vão usar o Fórum Mundial da Água, a ser realizado entre os dias 12 e 17 deste mês, na França, para conhecer experiências e recolher contribuições para as discussões na Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (Rio+20). A Rio+20 terá como um dos temas o uso da água e será realizada entre os dias 20 e 22 de junho deste ano.

Segundo o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Varella, o fórum na França será um bom espaço para que o Brasil mostre sua experiência no que se refere à gestão das águas e, ao mesmo tempo, conheça iniciativas internacionais. Com isso, será possível reunir questões sobre desafios do setor para a Rio+20, que ocorre três meses depois.

De acordo com Varella, os países têm grandes desafios para garantir um futuro sustentável. O abastecimento das cidades, a reserva de água em um cenário de mudanças climáticas e o uso da água na crescente produção de alimentos estão entre os temas que devem ser discutidos na Rio+20.

– Tem vários tópicos que poderiam ser abordados na Rio+20, entre eles como vamos enfrentar essa questão das mudanças climáticas ou como vamos ter um desenvolvimento sustentável em que a água possa ser apropriada efetivamente pela sociedade e nos processos produtivos. Isso remonta à questão de que precisamos ter uma governança adequada – disse.

Varella explica que os países precisam ter leis e aparatos institucionais adequados a cada local, que possibilitem um uso sustentável da água. Segundo ele, a ação política dos governos e legisladores é fundamental para isso.

– Um grande desafio é fazer a conexão das políticas públicas. É preciso que as áreas de agricultura, mineração, saneamento estejam trabalhando de forma coordenada. Então, é preciso uma governança, em cada um dos países, que faça uma união desses pontos, para que você tenha uma gestão efetiva de recursos hídricos. E aí, é necessário que a água possa subir na agenda política. Os altos níveis de decisão têm que fazer com que as políticas públicas tenham inclusive os recursos necessários, para que possamos ter infraestrutura adequada – disse.

O diretor da ANA acredita que a Rio+20 trará avanços ao setor.

– Tenho toda a expectativa de que haverá avanços. A Rio 92 foi um ponto de inflexão. Na Agenda 21, tivemos todo um capítulo voltado a essa área de recursos hídricos. Foi a partir daí que nós criamos nossas estruturas, nossas leis, nossas instituições. Muita coisa aconteceu. Claro que nem tudo que nós gostaríamos, evidentemente. Então, a Rio+20 será também um novo ponto de inflexão, onde faremos uma reflexão do passado e traçaremos o caminho para o futuro.

O Fórum Mundial da Água, que será realizado na cidade francesa de Marselha, é organizado pela entidade não governamental Conselho Mundial da Água e deve reunir cerca de 25 mil participantes de diversos países. O Brasil, que deverá enviar de 200 a 300 representantes, manterá um pavilhão de 345 metros quadrados, onde haverá um espaço específico para divulgar a Rio+20.

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