Após a estiagem prolongada entre o final de agosto e a maior parte de setembro, as principais regiões produtoras de soja e de milho do Sudeste e do Centro-Oeste enfim receberam chuvas a partir da última semana do mês passado e puderam retomar o plantio da safra verão.
O problema agora é que as chuvas estão diminuindo e a previsão é de tempo seco para boa parte das áreas de grãos de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, diz o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Celso Oliveira.
Segundo ele, há previsão de chuvas apenas para a partir da segunda quinzena de outubro e isso poderá fazer o produtor rural desacelerar o plantio. Até lá, serão dez dias de pouca chuva e de muito calor. “E a quantidade das chuvas não é expressiva”, frisou.
Há situações pontuais de melhora acentuada nas condições de umidade do solo, como nas regiões de Sapezal e Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso, onde a retomada do plantio deve ser mais acelerada. “Mas, no geral, ainda há risco de replantio. As chuvas que vieram até agora não são de boa qualidade. Até outubro, o sinal era vermelho. Agora choveu e o sinal está amarelo, porque choveu, mas essa chuva parou e a próxima que vai chegar não deve ser tão boa”, apontou.
As áreas citadas do Mato Grosso e o estado de Mato Grosso do Sul têm risco menor de replantio. Já para outras áreas do Mato Grosso, além de Goiás e Minas Gerais na totalidade, os riscos são maiores de os produtores terem que realizar novamente a semeadura da soja e de milho.