Em apenas cinco anos, o intercâmbios entre os dois países cresceu 35%, de US$16 bilhões para quase US$22 bilhões. O saldo da balança é deficitário, a exportação cresceu 6%, com a venda de minério, café e farelo de soja. Porém, as importações cresceram muito mais, 53% no período entre 2009 e 2013.
-O Brasil é o maior parceiro econômico da Alemanha na América Latina. Não há dúvida nenhuma da importância para a economia alemã estar presente para aproveitar as oportunidades que o Brasil oferece. Nossas principais vendas para o Brasil são de máquinas e automóveis. Em contrapartida, as matérias primas brasileiras são muito procuradas – comenta Thomas Timm, vice-presidente executivo da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
Mesmo com o saldo negativo na balança, a exportação dobrou nos últimos anos, o destaque é o farelo de soja. Só no primeiro semestre de 2014 foram 700 mil toneladas exportadas para a Alemanha.
– A Alemanha responde por 16% da produção de ração da Europa, mas como eles não tem produção de farelo vegetal suficiente, eles precisam importar do Brasil. No caso, esse comércio pode se dar via importação de farelo ou a compra da soja para fazer o esmagamento lá e produzir o farelo – explica Daniel Furlan Amaral, gerente de economia da Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
O café é outro produto que interessa aos alemães, tanto que eles compram o equivalente a 8% de todo o café exportado pelo Brasil, algo em torno de 4,8 milhões de sacas.
– Historicamente, a Alemanha tem sido parceira do Brasil. Nosso escritório, com cem anos de atuação, se lembra de parceiros que foram grandes exportadores de café de origem alemã, e hoje tem trading house no Brasil, empresas sérias ligadas à Alemanha. Este país é um grande importador de café e um grande parceiro brasileiro – relata o analista de mercado Nelson Carvalhaes.
• Alemanha compra primeiro lote de café com selo mineiro de certificação