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Rizicultores do sul do país apontam prejuízos por infrações no preço mínimo

Produtores reclamam de pagamento abaixo do previsto pelo governo, de R$ 25,80 a sacaPreocupados com a queda de 8% no preço da saca do arroz desde o início do mês e a poucas semanas de começar nova colheita, produtores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul reuniram-se nessa quinta, dia 27, em Araranguá (SC). Eles discutiram ações para evitar a perda de R$ 700 mil para os dois Estados na próxima safra caso não seja respeitado o preço mínimo previsto pelo governo.

Os agricultores de Santa Catarina enfrentam ainda uma queda de 6,6% na produção causada pelas chuvas das últimas semanas. Os dois Estados são responsáveis por 75% das 12,5 milhões de toneladas de arroz produzidas no Brasil, segundo Juarez Petry de Souza, presidente do Sindicato Rural de Tapes e Sentinela do Sul (SRTS) e conselheiro titular do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA).

Os produtores reclamam que estão tendo prejuízos com a cotação baixa da saca de 50 quilos do grão, que está sendo comercializada entre R$ 19 e R$ 22 no Rio Grande do Sul, de acordo com Souza. Em Santa Catarina, o preço oscila entre R$ 23 e R$ 24, segundo Luiz Vieira, analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Epagri. Os valores estão abaixo do preço mínimo de R$ 25,80 estabelecido pelo governo federal.

A reunião dessa quinta buscou a mobilização dos agricultores catarinenses para que sejam escolhidos dois representantes da região de Araranguá e dois do Vale do Itajaí para um encontro com as entidades do setor no dia 9 de fevereiro, em Camacuã (RS). Os agricultores apresentarão uma pauta de reivindicações para nortear o encontro com o governo previsto para o próximo mês.

De acordo com Souza, os custos por saca de arroz chegam a R$ 30 no RS, um preço bem superior aquele mínimo estabelecido pelo governo federal e ao que está sendo efetivamente pago ao produtor atualmente. A entrada de 1 milhão de toneladas de arroz vinda de países do Mercosul estaria contribuindo para baixar os preços. Outro problema que será discutido é o endividamento no campo, ocasionado pelo histórico de que, nos últimos 13 anos, os produtores do RS estariam vendendo suas produções abaixo do preço de custo.

 

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