Os detalhes foram definidos pelo secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, e pelo presidente do Conselho, Massaru Sugai.
? O curso de Cascavel é o primeiro e todas as vagas foram preenchidas. Até o fim do ano pretendemos atingir todas as regiões do Estado com esta capacitação ? afirmou o chefe da Divisão de Sanidade Animal da Secretaria, Cláudio Cesar Sobezak.
A anemia infecciosa equina é uma doença infectocontagiosa provocada por vírus, que acomete equídeos e, aos poucos, provoca a destruição maciça de hemácias, levando o animal a um estado de completa inanição e anemia. Trata-se de uma doença de notificação obrigatória e todos os médicos veterinários podem realizar a coleta do material para teste e enviar para os laboratórios credenciados. No Paraná, além do Centro de Diagnóstico Marcos Enrieti (laboratório próprio da Seab), outros 12 estão autorizados a realizar os exames.
A doença é transmitida por meio do sangue infectado, de agulhas contaminadas, picadas de insetos, arreios e outros acessórios, e pelo sêmen durante o acasalamento. A doença não tem cura, e uma vez infectado, o animal torna-se portador permanente e passa a ser uma fonte de infecção para outros animais. A medida sanitária é o sacrifício do animal.
No Paraná, nos primeiros cinco meses deste ano foram registrados 18 casos da doença. Em 2010 foram 20 casos em todo o Estado, contra 77 em 2009. Hoje o rebanho estadual, cadastrado na Secretaria da Agricultura, é de 334.235 equídeos.
Como os cavalos nem sempre aparentam estar doentes, sempre é exigido de seus proprietários o Guia de Trânsito Animal e o exame negativo de anemia quando há o deslocamento dos mesmos, seja para participação em eventos ou para trânsito entre os estados.
Para a médica veterinária Pauline Sperka de Souza, responsável pela área de sanidade de equídeos do Departamento de Sanidade Animal, da Secretaria da Agricultura, o curso contribuirá para melhorar a técnica do profissional na hora de emitir a documentação dos animais.
? Percebemos que alguns profissionais têm dificuldades para preencher os requerimentos de encaminhamento de material para o diagnóstico da doença e, às vezes, deixam de informar dados imprescindíveis para a análise do material ? explicou.
O Programa Nacional de Sanidade de Equídeos, exame de IDGA da anemia infecciosa equina, colheita de material e qualidade da amostra, e prática de identificação de equídeos com preenchimento de resenha são alguns dos temas a serem abordados nas aulas práticas e teóricas. O curso tem o apoio da Sociedade Hípica Paranaense.
Controle
O Chefe da Divisão de Sanidade Animal da Seab, Cláudio Sobezak, lembra que a única maneira conhecida de controlar a transmissão da doença é a realização de testes laboratoriais para o diagnóstico de AIE. Isso tem que ser feito de maneira constante e permanente nas fazendas, haras, sociedades hípicas, jockeys clubes, e em todos os locais com concentração de equídeos.
Ele alerta os proprietários para que nunca comprem animais que não tenham atestados para o exame da AIE. E mesmo como exame negativo, é recomendado fazer um novo teste logo após a compra, pois pode ocorrer do animal estar em fase inicial de contágio.
Outra recomendação é para que nunca permitam a entrada de equinos estranhos em suas propriedades. No caso de coberturas só devem ser aceitos animais que tenham um exame negativo para a anemia infecciosa equina.