O crescimento do emprego formal no país tem contribuído, segundo o governo, para reduzir o rombo na previdência. De janeiro a agosto deste ano, o déficit previdenciário está em R$ 24,931 bilhões, um resultado 13,7% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.
A justificativa é de que a arrecadação tem crescido em um ritmo mais acelerado do que as despesas. Esse resultado leva o governo a rever o déficit para 2008 e acreditar que em 2010 a previdência vai ser superavitária.
? No orçamento da união, prevíamos necessidade de financiamento de 44 bilhões com a realização das receitas em 2008 e com a boa gestão que estão sendo feitas esse número poderá ficar em torno de 38 bilhões de reais com viés de baixa ? disse o ministro da Previdência Social, José Pimentel nesta terça, dia 23.
Apesar de um déficit menor no acumulado do ano, o mês de agosto registrou um rombo 86% maior do que em julho. Um salto de R$ 2,181 bilhões para R$ 4,060 bilhões. De acordo com os dados da Previdência Social, a arrecadação passou de R$ 13,258 bilhões para R$ 13,193 bilhões enquanto o pagamento de benefícios passou de R$ 15,439 bilhões em julho para R$ 17,253 bilhões em agosto.
Dos benefícios pagos este ano, R$ 3,5 bilhões foram para os trabalhadores rurais. Como a arrecadação no campo é pequena, a Constituição prevê que a maioria dos trabalhadores tenha a aposentadoria subsidiada pelas contribuições da cidade. Mensalmente, 7,8 milhões benefícios são pagos aos agricultores.
A área rural foi a que mais contribuiu para o déficit da previdência social em agosto. Segundo o governo, o campo registrou o maior número de trabalhadores que, no mês passado, recebeu a antecipação de metade do décimo terceiro salário.
? Temos a previdência rural que necessariamente é subsidiada pela sociedade e também a antecipação de um bilhão e quatrocentos milhões de reais ? concluiu o ministro José Pimentel