Atualmente, o custo da ferrugem asiática no Brasil está mais ligado ao controle do que a perdas. Segundo o Consórcio Antiferrugem, na última safra a doença praticamente não comprometeu a produtividade. Foram 2,884 mil casos na safra 2008/2009, contra pouco mais de 2,1 mil ocorrências na safra 07/08. Apesar do número de focos ser maior do que na safra passada, os pesquisadores afirmam que as 96 instituições associadas melhoraram o monitoramento.
O produtor também aprendeu a lidar com o problema. Como o país é grande, cada Estado teve um desempenho. Apesar da Bahia plantar só mil hectares perdeu 16% em produtividade com a doença. A chuva e o mofo também contribuíram. No Rio Grande do Sul, as perdas com a ferrugem foram bem menores, ficando em 3%.
A preocupação, agora, é com o uso dos fungicidas. Ainda não há dados estatísticos, mas os pesquisadores dos 17 Estados presentes na reunião relataram o desenvolvimento de alguma forma de resistência do fungo sobre o mesmo fungicida que é usado em mais de duas aplicações na mesma safra.
Outra prevenção é seguir à risca o vazio sanitário. O Paraguai também está preocupado. O país foi o primeiro a registrar a doença na América Latina, em 2001. Com três milhões de hectares plantados, alternar marcas de fungicidas e acabar com a soja voluntária são as prioridades. Como eles plantam e colhem antes do Brasil, o que ocorre com o fungo lá pode refletir por aqui.