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RS: produtores tentam salvar semente de soja, mas Emater diz que vigor é baixo

Colheita da safra chegou a 91% no estado. Com isso, constatação de perdas aumenta e pedidos de Proagro já passam de 8,9 mil

Conforme a colheita da safra 2019/2020 de soja avança no Rio Grande do Sul, a constatação dos prejuízos aumenta. Agora além dos pedidos de Proagro e das perdas individuais, as sementes separadas para o plantio da temporada 2020/2021 também estão em xeque. Segundo a Emater, muitos produtores estão salvando sementes, mas os testes iniciais mostraram que apesar de o poder de germinação estar regular, o vigor está ruim.

A colheita de soja atinge 91% da área no Rio Grande do Sul, a frente dos 88% do ano passado e dos 85% da média para o período, afirma a Emater-RS. Segundo a entidade, o predomínio de tempo seco se manteve no estado na última semana e favoreceu o avanço da colheita. De uma semana para o outra os trabalhos evoluíram 7 pontos percentuais.

A Emater afirmou que com a colheita se encaminhando para o final, as solicitações de vistorias de
Proagro nas lavouras de soja chegaram 8.970 até o dia 23 de abril.

Ijuí e as sementes

A colheita avançou para 99% das áreas e se aproxima do encerramento. O rendimento médio atual está em 2.140 quilos por hectare. Nos cultivos tardios, semeados em áreas com irrigação, o potencial produtivo está em 1.500 quilos por hectare, enquanto que nas áreas sem irrigação o rendimento diminui para menos de 600 quilos por hectare, afirma a Emater.

“Os impactos da estiagem na região reduziram a produtividade da cultura em 45% em relação ao potencial esperado inicialmente”, afirma.

Segundo a entidade, alguns produtores já estão planejando a próxima safra e reservaram sementes para isso. Entretanto, a qualidade delas não é satisfatória.

“Os grãos estão sendo submetidos à classificação e ao teste de germinação; os primeiros resultados apontam produto de regular poder de germinação, mas baixo vigor. Essa medida visa avaliar a necessidade de aquisição de semente no mercado para safra 2020/2021”, diz.

Santa Rosa

Por lá, 5% das áreas estão em enchimento de grãos, 1% encontra-se em maturação e 94% já foram colhidas. Em vários municípios, a colheita da soja safra está encerrada, afirma a Emater.

“Naqueles da região do entorno de Santa Rosa e Horizontina, em que há cultivos tardios, as colheitas ocorrerão de final de abril a início de maio. As perdas são estimadas em 41%, chegando à produtividade média de 1.924 quilos por hectare. A produtividade das lavouras onde é solicitado amparo do Proagro deverá ser abaixo da média regional, devendo atingir em torno de 1.200 a 1.500 quilos por hectare”, afirma a Emater.

Bagé

A colheita avançou durante a semana, alcançando 75% da área cultivada. Segundo a Emater, os avanços são maiores na Fronteira Oeste, com a maior parte dos municípios alcançando 90% da área colhida, enquanto que na região da Campanha o índice é próximo de 60%.

“O rendimento médio está em 1.300 quilos por hectare, com perda de 50%. A tendência é reduzir ainda mais nas lavouras mais tardias. Em geral, o estado fitossanitário das lavouras é bom”.

Soledade

o predomínio do tempo seco continua a favorecer as atividades de colheita, que já chega a 96%. As lavouras mais atrasadas são as do Vale do Rio Pardo. A média de produtividade se mantém em 1.680 quilos por hectare.

Frederico Westphalen

A colheita avança e chega a 95%. Das demais lavouras, 3% delas estão em enchimento de grãos e 2% em maturação. As perdas na região estão atualmente em 26%. A produtividade média tem se mantido em 2.420 quilos por hectare, e os grãos colhidos apresentam tamanho e peso menores, além de desuniformidade de maturação.

Erechim

Por lá, 98% da cultura foi colhida e 2% das áreas estão em maturação. A produtividade média tem se mantido em 2.560 quilos por hectare, com perdas de 33,5% em relação à produtividade inicial esperada.

Passo Fundo

A colheita segue em ritmo acelerado e chega a 98% das áreas; o restante se encontra em maturação. O rendimento médio atual é de 2.256 quilos por hectare. Em geral, a estiagem prejudicou o desenvolvimento da cultura, que apresenta perdas. Até o momento, foram realizadas na região 1.800 perícias de Proagro. O rendimento médio nessas áreas é de 1.350 quilos por hectare.

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