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Ruralistas e ambientalistas seguem negociações sobre o Código Florestal

Objetivo é buscar acordo para os pontos que ainda geram divergênciasApós o adiamento da votação do Código Florestal para a próxima terça, dia 10, governo, ruralistas e ambientalistas seguem as negociações em Brasília. O objetivo é buscar um acordo para os pontos que ainda geram divergências.

A casa civil, o Código Florestal foi um dos assuntos da reunião entre o líder do governo na câmara, deputado Cândido Vacarezza, e o ministro Antonio Palocci. No congresso, a tranquilidade voltou aos corredores. Mas as discussões não param e os ambientalistas ganharam tempo.

? Este adiamento foi estratégico para todas as partes, inclusive para baixar a tensão, e a gente fazer algo que seja pra valer para este país, não um retrocesso, mas um avanço. Quanto mais democrático, participativo e transparente, nós vamos ganhar, ninguém quer adiar, nós queremos que isso saia daqui com todos os segmentos contemplados ? comentou Mário Mantovani, diretor do SOS Mata Atlântica.

Até a próxima terça, o relator do projeto, deputado Aldo Rebelo, deve manter a rotina de negociações. Ele pretende conversar com técnicos e consultores para aprimorar o texto e encontrar uma solução para os pontos que ainda geram divergências.

Além da isenção de reserva legal para propriedades com até quatro módulos fiscais, a bancada ruralista quer a inclusão do programa de regularização ambiental, que analisaria as áreas consolidadas.

? Nós daríamos cinco anos para que os Estados fizessem este estudo. O zoneamento econômico-ecológico, então técnico cientificamente ele vai dizer aqui nós vamos plantar, aqui não vamos plantar, lá vai ter agricultura, aqui vai por floresta, aqui pastagem, então seria a regularização ambiental ? explicou o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).

Mesmo com o impasse, os parlamentares acreditam na votação da matéria em plenário na semana que vem.

? É acordo feito com toda base do governo, inclusive concordando com o próprio presidente da casa, é eminentemente impossível não ser votado. Criaria um impasse sem precedente dentro do poder legislativo com o Executivo ? relata o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR).

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