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Rússia proíbe entrada de produtos suínos da Espanha, Canadá e Grã-Bretanha

Restrições internacionais aumentam; produtores de suínos brasileiros reforçam uso do nome "gripe A"A Comissão Europeia considerou injustificável a proibição da Rússia de importar produtos suínos da Espanha, Canadá e Grã-Bretanha como medida de precaução pela gripe A (H1N1). De acordo com o InvestNews, o porta-voz da Comissão para questões comerciais, Lutz Guellner, disse que "a Comissão está em contato com as autoridades russas e pede uma reanálise das medidas".

Moscou anunciou na manhã desta terça, dia 5, a suspensão das importações de porcos britânicos, depois de ter anunciado uma proibição similar às importações da Espanha e de várias regiões do Canadá e dos Estados Unidos.

Quase 20 países já proibiram a importação de carne suína por causa da influenza A (H1N1), elevando a tensão na área commercial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a lista de países que impuseram interdição à entrada de carne suína inclui China, Rússia, Indonésia, Croácia, Tailândia, Equador, Nova Zelândia, Espanha, França, Costa Rica, El Salvador, Colômbia, Cuba, Nicarágua, Honduras, Guatemala e República Dominicana.
   
Restrições foram impostas pela Tailândia, Jordânia, Filipinas, Ucrânia, Líbano, Azerbaijão, Bahrain, Cazaquistão, Montenegro, Suriname, e Emirados Árabes Unidos.

O Egito tomou uma decisão radical de eliminar cerca de 400 mil porcos, causando tensões religiosas. A minoria crista Copta, que controla o negócio de suínos, reclama que é vitima de decisão de muçulmanos, que não toleram a carne de porco.

As restrições ao comércio do produto afetam principalmente as exportações do México, Estados Unidos e Canadá, os primeiros atingidos pelo novo vírus. O preço também caiu. O comércio global do produto é de US$ 25 bilhões por ano. O Canadá ameaçou abrir uma queixa contra a China na Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa da proibição de Pequim à entrada de sua carne suína. Conforme o Valor Online, os canadenses alegam que as agências internacionais já divulgaram comunicado conjunto reiterando que o produto não transmite o vírus.

Brasil

Nesta quarta, dia 6, uma delegação de parlamentares e de dirigentes da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), liderados pelo vice-presidente da associação, Irineu Wessler, vão pedir ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, apoio no sentido de que as autoridades governamentais colaborem na mudança do nome “gripe suína”. Conforme a entidade, a nomenclatura é “tecnicamente equivacada”. O setor pleiteia que seja adotado o nome de “gripe A”.
 
A entidade já protocolou uma carta dirigida ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, com um apanhado do comportamento da mídia internacional sobre o assunto. O secretário de Comunicação Social do Ministério da Saúde, Marcier Trombiere Moreira, informou que nesta quarta terá início uma campanha nacional de esclarecimento sobre a doença, chamada de “gripe A”.
   
Segundo Marcier, a campanha estrelada pelo personagem “Dr. Bactéria” começa com a seguinte frase: “a nova gripe mudou de nome”, confirmando que o Ministério da Saúde apóia a sugestão feita pela Organização Mundial da Saúde-OMS e pela Organização Internacional de Saúde Animal-OIE, que condenaram o uso do nome gripe suína para a enfermidade.   

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