A seca na Rússia já fez o governo reduzir projeções de safra. A colheita deve ficar entre 70 milhões e 75 milhões de toneladas, sendo que a média anual é 90 milhões. Por isso, as autoridades decidiram suspender as exportações. Em função do problema russo, os preços internacionais do cereal aumentaram 40% só em julho. Nesse início de agosto, mantiveram a trajetória de alta. A situação deve continuar assim, de acordo com analistas de mercado. Eles consideram que os estoques atuais ainda são relativamente altos, mas a demanda está mais forte.
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Com as exportações russas suspensas, os compradores devem buscar o produto em outros mercados, principalmente dos Estados Unidos. Um movimento que vai pressionar ainda mais as cotações internacionais. Importador de boa parte do trigo que consome, o Brasil não deve ficar imune. Analistas descartam risco de desabastecimento, mas como a alta de preços é global, o setor vai pagar mais caro pelo cereal.
