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Saca da soja se desvaloriza até R$ 3 em uma semana

Diferente de agosto, quando os preços eram melhores, setembro começa com poucos negócios nas praças acompanhadas pela consultoria Safras

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Após agosto ser marcado altas seguidas nos preços e, com isso, boa movimentação de venda no mercado brasileiro, setembro apresentou em sua primeira semana um comportamento bem
diferente. Segundo a consultoria Safras, com dólar e a Bolsa de Chicago recuando, os produtores saíram do mercado, resultando em comercialização travada e preços mais baixos.

De saca de 60 quilos recuou de R$ 84 na sexta-feira passada, 30, para R$ 82,50 em Passo Fundo (RS) neste dia 6 de setembro. Em Cascavel (PR), o preço caiu de R$ 83 para R$ 80. Em Rondonópolis (MT), a cotação baixou de R$ 80,50 para R$ 78,50.

O preço também foi reduzido em Dourados (MS), de R$ 79 para R$ 77,50. Em Rio Verde (GO), a cotação baixou de R$ 78,50 para R$ 77. No Porto de Paranaguá, após ameaçar bater na casa de R$ 90, a saca caiu de R$ 89 para R$ 86,00.

Na Bolsa

Em Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro acumularam baixa de 0,86% na semana, encerrando a quinta a US$ 8,61 por bushel. A guerra comercial entre China e Estados Unidos e o clima favorável às lavouras americanas mantiveram o mercado sob pressão.

A continuidade da batalha tarifária foi o principal fator de pressão, mesmo que os dois países tenham concordado em retomar as negociações em outubro. Por enquanto, os americanos não estão conseguindo mercados para substituir a demanda chinesa e os estoques só crescem.

Os agentes aguardam ansiosos o relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no dia 12. Dois fatores centram as atenções dos investidores: o tamanho dos estoques de passagem e as incertezas sobre a safra que será colhida pelo produtores norte-americanos.

O clima segue favorável ao desenvolvimento das lavouras, o que pode ocasionar rendimentos maiores que os esperados atualmente. Até o levantamento do USDA ser divulgado, a tendência é de sessões voláteis e suscetíveis às novidades sobre a batalha tarifária entre as duas principais economias do mundo.

Dólar

O câmbio foi outro ponto de pressão sobre as cotações internas. A moeda americana caiu 0,77% frente ao real, tirando competitividade da soja brasileira. O dólar fechou a quinta a R$ 4,11. O cenário de menor risco no exterior e o avanço da reforma da previdência no Congresso pesaram e fortaleceram o real.

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