O preço da saca de arroz tipo 1 no Rio Grande do Sul, principal produtor do Brasil, subiu 10% em menos de um mês, chegando a R$ 118,56 no dia 28 de novembro.
O indicador Cepea/IRGA mostra que, no dia 1º de novembro, a saca custava R$ 107,58.
Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, a alta do preço é resultado de uma combinação de fatores, incluindo:
- Pico da entressafra: O Brasil está no pico da entressafra de arroz, período em que a oferta do produto é menor e os preços tendem a subir.
- Restrição das exportações da Índia: A Índia, principal exportador mundial, restringiu suas exportações em 2023.
- Diminuição da área plantada no Rio Grande do Sul: Nos últimos anos, a área plantada com arroz no Rio Grande do Sul diminuiu, o que também contribuiu para a alta dos preços.
Velho também afirmou que a alta dos preços do arroz deve estimular os produtores a aumentar a área plantada na próxima safra. No entanto, ele ressaltou que a área plantada ainda deve ser menor do que a da safra anterior.
Impactos da alta do arroz
A alta do preço do arroz deve ter impactos no mercado interno, com aumento do custo de vida das famílias brasileiras.
No entanto, Velho afirmou que o arroz continua sendo um produto acessível, pois o preço da saca ainda é inferior ao preço de importação do arroz de outros países.
Velho prevê que o mercado de arroz deve se estabilizar nos próximos meses, com a volta da oferta do Paraguai e do início da colheita da safra brasileira.