Estiveram presentes na cerimônia de abertura, transmitida pelo Canal Rural, o governador do Estado, Tarso Genro, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, entre outras autoridades do setor.
Neste ano, no plano para a indústria, a área cultivada é de 3,401 mil hectares e a produção estimada é de 289,955 mil sacas (base casca/seco), o equivalente a 14,5 mil toneladas. Já na parte de sementes, a área de plantio é de 184,3 hectares e a produção estimada é de 21,170 mil sacas (base casca/seco).
A cultura do arroz agroecológico busca integrar a relação entre o ser humano e os recursos naturais. Nesse processo, os agricultores fazem a gestão em todas as etapas da cadeia produtiva seguindo conceitos e princípios da agroecologia. Em todas as etapas da produção, exclui-se qualquer substância química de origem sintética.
A colheita é promovida pelo Grupo Gestor do Arroz Agroecológico, que desde 1999 desenvolve a produção do arroz agroecológico nos assentamentos da reforma agrária do Estado. Agricultores da Filhos de Sepé participam da produção de arroz orgânico desde 2002. Criado em 1998, o assentamento é o maior do Rio Grande do Sul, com uma área total de 9,4 mil hectares. O local possui condições ambientais especiais: está inserido na Área de Proteção Ambiental Banhado Grande e contém, em seus limites, outra unidade de conservação, o Refúgio de Vida Silvestre Banhado dos Pachecos. Esta última área, com cerca de 2,5 hectares, foi cedida pelo Incra à Secretaria Estadual do Meio Ambiente em 2002.
A produção de arroz agroecológico começou a ser desenvolvida em 1999 nos assentamentos de reforma agrária da região do entorno da Grande Porto Alegre (RS). O processo é coordenado pela Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs) e pela Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre Ltda (Cootap). Desde 2002, em todas as etapas da cadeia produtiva, o arroz recebe a certificado de orgânico, com base nas normas nacionais e internacionais.
Reforma agrária
Em 2012, a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS captou mais de R$ 220 milhões de recursos para qualificação e infraestrutura dos assentamentos da reforma agrária. O governo também adquiriu duas novas áreas para assentar famílias em Sananduva e Encruzilhada e cedeu duas áreas em Taquari e Charqueadas.
O ministro Pepe Vargas apontou que o governo está inserindo programas públicos nos assentamos, e que o objetivo para este ano é assentar as famílias remanescentes.
A Secretaria, através do seu projeto Qualificação da Infraestrutura Básica e Produtiva dos Assentamentos da Reforma Agrária, investiu R$ 6 milhões divididos entre cooperativas e convênios com prefeituras, de acordo com o cronograma do Plano Safra de 2011/2012. Na edição atual do plano, está previsto o investimento em recuperação de estradas e construções de pontes e pontilhões em áreas de assentamento.
O Programa de Qualificação dos Assentamentos, executado pelo Fundo de Terras do Rio Grande do Sul (Funterra) e apoiado pelo BNDES, já aprovou 27 projetos que, juntos, somam mais de R$ 8 milhões destinados às cooperativas de reforma agrária do Estado.