– Se considerar que tivemos problemas climáticos, a Conab está muito otimista com mais uma safra recorde – disse ele, para quem a redução da taxa de juros no país e a oferta de crédito prevista no plano-safra 2012/2013, de R$ 115,2 bilhões, estão entre os fatores que vão servir de estímulo aos produtores rurais.
De acordo com último levantamento da Conab, a safra 2011/2012 tem produção calculada em 165,9 milhões de toneladas. O volume é 1,9% superior ao da safra anterior, um recorde mesmo com os problemas climáticos ocorridos em estados como o Rio Grande do Sul. E, pela primeira vez na história do Brasil, a colheita de milho supera a de soja, de acordo com a Conab.
No levantamento divulgado neste mês, a produção do cereal, somando a primeira e a segunda safra, foi calculada em 72,7 milhões de toneladas, um crescimento de 26,7% em relação à safra anterior. Na oleaginosa, o cálculo foi de 66,3 milhões, uma queda de 11,9% em relação ao período 2010/2011.
Para a próxima temportada, o presidente da Conab acredita em uma “disputa” entre as duas culturas. E reforça as expectativas de uma forte recuperação na produção brasileira de soja, com uma produção acima de 80 milhões de toneladas.
– Vai ser uma belíssima disputa entre milho e soja. O milho está se tornando uma importante commodity no Brasil. A soja tem sido há muito tempo. Isso é importantíssimo para a nossa balança comercial – analisou.
Armazenagem
O otimismo em relação ao resultado da próxima safra não esconde a preocupação com a armazenagem no país, gargalo constantemente reiterado por importante lidaranças do setor no país. Na segunda, dia 24, o assunto voltou à tona durante o lançamento oficial do plantio da safra 2012/2013 de soja, em Sorriso (MT).
Na entrevista ao RuralBR, o presidente da Conab, garabntiu que o governo está atento à questão informou que deve ser concluído nos próximos dias o plano nacional para tratar do assunto.
– Precisamos, dentro dessa política nacional de armazenagem, indicar onde o governo vai fazer esses investimentos para iniciar a licitação dos projetos e consequentemente a execução desses armazéns onde a gente tem notado que é importante o governo através da Conab estar presente – informou.
De acordo com Rubens Rodrigues dos Santos, o principal problema está no Centro Oeste, segundo ele. Nas regiões Sul e Sudeste, o presidente da Conab afirmou que existe até um “pouquinho de superávit” de armazenamento.