A Brasilagro, empresa produtora de grãos, cana-de-açúcar e proteína animal e líder na aquisição, desenvolvimento e venda de propriedade rural, deve ter uma safra 2020/2121 mais rentável do que foi a de 2019/20, na avaliação do diretor presidente da companhia, André Guillaumon.
Em 2019/20, a produção de soja da companhia foi negociada antecipadamente por um câmbio médio de R$ 4,06 por dólar, conforme dados apresentados pelo executivo em teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre de 2020 e do ano de 2020. Já em 2020/21, cerca de 50% da produção estimada da oleaginosa foi vendida, em média, com dólar cotado a R$ 5,12.
“Ninguém poderia imaginar que o dólar chegaria ao patamar atual. Mas em 2020/21 não teremos um susto cambial e montamos estratégias de put e call [contratos de opções para proteção contra altas ou baixas]”, disse Guillaumon. A Brasilagro registrou lucro líquido de R$ 119,554 milhões na safra 2019/20 (julho de 2019 até 30 de junho 2020), queda de 32% em comparação com o período anterior (R$ 177,079 milhões).
O lucro básico por ação no período ficou em R$ 1,93, em comparação aos R$ 3,11 na safra anterior 2018/19, o que corresponde a uma queda de 38%. A receita líquida na safra 2019/20 foi de R$ 715,278 milhões, com aumento de 21% ante a safra anterior (R$ 589,810 milhões).
O Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de Operações (excluindo venda de fazendas) foi de R$ 116,2 milhões, “reflexo da comercialização de 252,4 mil toneladas de grãos, 4,5 mil toneladas de algodão, 2,1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar e 5,7 mil toneladas de carne durante o exercício”.
Em relação à safra anterior (R$ 61,936 milhões), houve crescimento de 87,5% no Ebitda ajustado. Guillaumon informou que a área plantada total cresceu 13,5% entre 2018/19 e 2019/20, para 153,3 mil hectares. A produção da companhia aumentou 38,1% na última safra, para 322,4 mil toneladas, e o número de cabeças de gado subiu de 17.983 em 2019 para 21.351 em 2020. A produção de cana-de-açúcar avançou de 2,172 milhões de toneladas em 2019 para 2,239 milhões em 2020, conforme o executivo.