Às vésperas do início do plantio da soja, que deve começar no Paraná no dia 10 de setembro, as expectativas estão elevadas para a safra 2020/2021. Com boa rentabilidade, exportações elevadas e cenário positivo, os produtores deverão cultivar área recorde aponta um levantamento da consultoria Safras & Mercado. Se o clima colaborar e tudo correr dentro do esperado, a produção tem um potencial de superar as 132 milhões de toneladas.
Esse montante previsto representa uma elevação de 5,5% sobre a safra 2019/2020, que ficou em 125,3 milhões de toneladas. Vale ressaltar que a própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fez uma revisão histórica das últimos 7 safras e chegou a uma nova perspectiva para a safra 2020/2021 próximo a essa, de 133,5 milhões de toneladas.
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Segundo a consultoria, a área plantada com o grão terá um aumento de 1,8%, estimada em 37,94 milhões de hectares. Em 2019/2020, o plantio ocupou 37,272 milhões de hectares. O levantamento indica que a produtividade média deverá passar de 3.380 quilos por hectare para 3.501 quilos.
O analista da Safras, Luiz Fernando Gutierrez, destaca a revisão para cima na estimativa para a temporada 2019/2020, devido a um pequeno ajuste no tamanho da área final de Mato Grosso. Para 2020/2021, a estimativa subiu um pouco por um ajuste fino na expectativa de área nos estados de Mato Grosso e de Roraima.
Por estado
Dos 17 estados acompanhados pela consultoria, apenas 7 deles (MT, GO, MS, DF, MG, SP e PR) devem colher menos soja em 2021, se comparado a 2020.
Mato Grosso seguirá como maior produtor nacional de soja, com a perspectiva de colher até 35,3 milhões de toneladas de soja em uma área de 10,2 milhões de toneladas em 2021. Isso representa uma queda de 0,3% em relação a produção colhida neste ano (35,4 milhões de toneladas), mas uma alta de 2,3 em área.
O Paraná também deve seguir como segundo maior produtor de soja do país, mas a exemplo de Mato Grosso, deve reduzir a quantidade colhida em 2021. A expectativa da consultoria é que o estado colha 0,9% a menos que em 2020, chegando a 20,7 milhões de toneladas, contra 20,9 milhões de toneladas deste ano.
“Como as produtividades destes estados foram muito elevadas no ano passado, bem acima da média, é normal que nossa primeira estimativa seja um pouco mais conservadora. É possível repetir aquelas produtividades sim, mas para isso é preciso da ajuda do clima. Então estamos considerando um clima normal e não perfeito inicialmente. Mas reafirmo que é possível chegar naquele recorde, mas o clima precisa ajudar”, diz Gutierrez.
O Rio Grande do Sul, por sua vez, deve se recuperar da forte quebra da safra 2019/2020 e puxar o time dos estados que mais devem produzir. A consultoria prevê que o estado possa colher 19,7 milhões de toneladas, 41,5% a mais que as 13,9 milhões de toneladas da safra anterior, 2019/2020.