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O processamento de soja em 2014 está previsto em 37 milhões de toneladas, 4,5% superior ao de 2013 (35,4 milhões de ton) e as exportações, em 44,5 milhões de ton, aumento de 4% ante 2013 (42,8 milhões de ton).
A Abiove estima que a produção de farelo de soja, em 2014, deve alcançar 28,2 milhões de ton, 4,8% superior à de 2013 (26,9 milhões de ton). O consumo interno deve ser de 14,3 milhões de ton, um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior (14,0 milhões de ton). As exportações foram projetadas em 13,7 milhões de ton, aumento de 3,8% ante 2013 (13,2 milhões de ton).
Segundo a associação, a produção de óleo de soja (bruto e refinado) em 2014 deve alcançar 7,1 milhões de ton, 4,4% superior à de 2013 (6,8 milhões de ton). O consumo interno está previsto em 5,8 milhões de toneladas, 5,5% superior ao do ano anterior (5,5 milhões de ton), e as exportações, em 1,3 milhão de ton, mesmo nível de 2013.
Exportações
A Abiove informa, ainda, que as vendas externas do complexo soja, em 2013, somaram US$ 31 bilhões (+18,5% ante 2012), o que corresponde a cerca de 12,8% das exportações totais do Brasil (10,8% em 2012), conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
Agroconsult
A Agroconsult também revisou nesta terça sua estimativa da safra brasileira de soja em 2013/2014 para 91,6 milhões de toneladas, acima das 90,8 milhões de toneladas previstas anteriormente. A projeção da consultoria leva em conta o cultivo de 29,7 milhões de hectares, uma área 7% maior que a semeada em 2012/2013.
Levantamento preliminar feito pela Agroconsult antes do início do Rally da Safra 2014 mostra que 58% das lavouras de soja estavam em fase de floração ou enchimento de grão até o fim de dezembro, ante 43% em 2012 e 30% em 2011.
– Isso é um claro indicador da antecipação do plantio neste ciclo – observa André Pessôa, sócio-diretor da consultoria.
Segundo ele, choveu mais cedo nessa safra e o investimento em maquinários modernos permite ao produtor plantar mais rápido.
– Antes ele tinha que espaçar mais o plantio para escalonar a colheita, mas agora há um interesse cada vez maior em fazer duas safras – afirma Pessôa.
Ele estima que 40% da área total destinada à oleaginosa tenha sido semeada com variedades de soja de ciclo precoce, o que possivelmente antecipará o pico da colheita para meados de fevereiro.
Pessoa ressaltou também que os problemas logísticos para escoamento da produção brasileira de grãos devem ser sentidos mais cedo em 2014. Segundo ele, o volume de soja que será colhido nos meses de janeiro e fevereiro tende a ser significativamente maior do que o de anos anteriores por causa da expansão da área semeada com variedades precoces em 2013/14.
– Vai ter muita soja chegando aos portos e isso pode causar um caos logístico mais cedo do que no ano passado – diz.
Preços internacionais da soja
Pessôa afirmou que os preços internacionais da soja devem permanecer no intervalo de US$ 12 a US$ 12,50 o bushel durante a colheita brasileira. Ele observou que possíveis ganhos de produtividade no ciclo 2013/2014 podem limitar o impacto do aumento dos custos de produção na renda do agricultor.
Ele ressaltou que a comercialização da safra brasileira de soja está dentro da média histórica, mas bem abaixo do ritmo recorde observado em 2012/2013.
– Mato Grosso entrou o mês de janeiro com pouco mais de 50% da produção negociada, ante 70% na temporada passada – disse o sócio-diretor.
Milho
A Agroconsult prevê que a safrinha de milho ocupará 9,2 milhões de hectares em 2014, 2% mais que os 9 milhões de hectares cultivados em 2013. A Agroconsult projeta a segunda safra do cereal em 44,1 milhões de toneladas, 7% menor que as 47,4 milhões de toneladas colhidas no ano passado. Já a produção de verão é estimada em 32,1 milhões de toneladas, uma queda de 8% ante as 34,8 milhões de toneladas de 2012/2013.
Preços internacionais do milho
Para o milho, Pessôa citou duas situações distintas de preço. Para a safra verão, Pessôa projetou cotações na faixa de US$ 4,50 o bushel.
– Com o câmbio atual, o produtor ainda terá uma margem positiva, embora muito menor do que a do ano passado – revelou.
No caso da safrinha de milho, o sócio-diretor da Agroconsult considera a possibilidade de preços abaixo do valor mínimo, o que demandará ações de apoio à comercialização por parte do governo mais cedo.
– A segunda safra já começou sendo comercializada a preços mais baixos e já houve reflexo no nível da tecnologia empregada na lavoura. As sementes de médio investimento acabaram rapidamente – afirmou.
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