A safra colhida em 2016 foi 12,2% inferior à de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta terça-feira, dia 10, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola e o terceiro prognóstico da safra 2017. A estimativa de dezembro para a colheita do ano passado é de 184,0 milhões de toneladas, enquanto em 2015 foi de 209,7 milhões de toneladas.
Já a área colhida em 2016 ficou em 57,1 milhões de hectares, recuo de 0,9% em comparação ao ano anterior. O arroz, o milho e a soja, principais produtos cultivados, representaram 92,2% da estimativa de produção e responderam por 87,8% da área colhida. Ante 2015, o IBGE registrou recuo na produção da soja (-1,8%), do arroz (-14,0%) e do milho (-25,7%).
Segundo o IBGE, no ano, foram registradas quedas de produção em relação à safra passada de 16,3% na região Centro-Oeste (produção de 75,1 milhões de toneladas); de 3,6% no Sul (73 milhões de toneladas); de 2,1% no Sudeste (19,6 milhões de toneladas); de 42% no Nordeste (9,5 milhões de toneladas); e de 12,5% no Norte (6,7 milhões de toneladas.
“Nessa avaliação para 2016, Mato Grosso foi o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,9% no total do País, seguido pelo Paraná (19%) e Rio Grande do Sul (17,3%). Somados, esses três Estados representam 60,2% do total nacional”, informou o IBGE em comunicado.
Em dezembro, comparado ao mês anterior, destacaram-se as variações das produções de arroz (1,8%), aveia em grão (11,5%), batata inglesa 2ª safra (3,3%), batata inglesa 3ª safra (7%), café arábica (4,7%), cebola (2,4%), cevada em grão (8,3%), feijão em grão 2ª safra (-4,8%), sorgo em grão (1,3%) e trigo em grão (4,7%).
Atual safra
O terceiro prognóstico para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2017 trouxe estimativa de produção de 213,7 milhões de toneladas, 16,1% maior em comparação com 2016.
Segundo o IBGE, a previsão é de crescimento da produção em todas as regiões: de 13,4% no Norte, de 73% no Nordeste, de 11,1% no Sudeste, de 5,8% no Sul, e de 20,5% no Centro-Oeste.
As principais influências positivas são estimadas para a soja – alta de 9,6%, o que representa acréscimo de 9,2 milhões de toneladas em relação a 2016 – e para o milho – alta de 31% e acréscimo de 19,6 milhões de toneladas.
No terceiro prognóstico, as informações de campo já representam 80,4% da produção de cereais, leguminosas e oleagionosas prevista para 2017.