Só no primeiro trimestre de 2013, os EUA compraram 247,7 milhões de litros de etanol brasileiro, o triplo do verificado um ano antes, de acordo com o Departamento de Agricultura estadunidense (USDA). Em 2012, as importações quintuplicaram na comparação com 2011, para 1,74 bilhão de litros, o que corresponde à metade do total exportado pelo Brasil.
As importações têm como objetivo preencher a cota de combustíveis avançados exigida pelo Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS, na sigla em inglês), da Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA). O etanol feito a partir de cana é considerado avançado pelo RFS, mas, como o país produz pouco, a saída é importá-lo do Brasil. Nos EUA, o etanol é feito, basicamente, a partir do milho.
Além disso, os recentes incentivos dados ao setor de etanol pelo governo brasileiro favorecem o biocombustível. Em janeiro, a Petrobras reajustou o preço da gasolina e tornou o etanol anidro mais competitivo para os usuários de carros flex, que respondem por mais de 50% da frota nacional.
Na sequência, veio o aumento da mistura de anidro na gasolina, de 20% para 25%, porcentual que entrou em vigor em primeiro de maio.
– Em um ano, (os grandes processadores de cana) estarão expandindo as operações – afirmou Nastari, dizendo que são esperados investimentos em fertilizantes, maquinários e renovação e ampliação de canaviais.
A Datagro estimou, recentemente, que as usinas do Centro-Sul processarão um recorde de 584,5 milhões de toneladas de cana na temporada 2013-14, iniciada em abril. Tamanho volume deve fazer com que as indústrias da região usem 97% de toda a capacidade instalada, projetou.