Segundo o último levantamento da cultura realizado este ano, a área ocupada pela cana no Brasil é de 8,5 milhões de hectares. A região Centro-Sul será responsável pela moagem de 87,9% da cana, enquanto que Norte e Nordeste por 12,1%.
Do total da produção para a indústria, 246 milhões de toneladas (+6,7%) serão usadas na fabricação de 32,1 milhões de toneladas de açúcar. O etanol vai consumir 325,3 milhões de toneladas de cana, um crescimento de 20,1%, gerando 26,6 bilhões de litros de álcool – sendo 10,1 bilhões do tipo anidro (misturado à gasolina) e 16,5 bilhões do hidratado (utilizado diretamente nas bombas).
Para se ter idéia do tamanho desta safra, o volume processado pelas usinas equivale a, aproximadamente, 9,5 milhões de treminhões, veículos para o transporte de cana. Enfileirados, os caminhões com dois reboques e 60 toneladas, ocupariam cerca de 285 mil quilômetros de estradas.
Segundo o presidente da Conab, Wagner Rossi, apesar da instabilidade do setor, registrada nos últimos meses, a valorização do dólar ajudou, em parte, o produtor a recuperar o preço de venda, estimulando as exportações.
? Somos um dos maiores produtores de açúcar mundial e referência na fabricação de combustível a partir de matrizes de energias renováveis ? destaca.
A produção de cana-de-açúcar total atingirá 651,5 milhões de toneladas. Para fabricação de cachaça, rapadura e ração animal serão destinadas 80,1 milhões de toneladas. A matéria-prima plantada em 315,9 mil hectares só irá para a indústria na próxima safra. Com as chuvas nos meses de abril e maio no Centro-Sul, e atraso no início das operações de novas unidades de produção, os usineiros não tiveram tempo suficiente para moer toda a cana.
O Estado de São Paulo segue como maior produtor, com 340,5 milhões de toneladas de cana utilizada na fabricação de álcool e açúcar. Em seguida, vem Minas Gerais, com o uso de 44,1 milhões de toneladas.
Para realizar a pesquisa, 53 técnicos da Conab percorreram 388 usinas, entre os dias 2 e 22 de novembro. Eles entrevistaram representantes de usinas, entidades de classe, associações e cooperativas.