Em coletiva, o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, afirmou que o fogo atingiu plantações que não estavam totalmente desenvolvidas para serem colhidas, gerando perda de 12% do potencial agrícola, ou cerca de 10 kg a menos de açúcar por tonelada de cana, com prejuízo de R$ 1,5 mil a R$ 1,7 mil por hectare.
– O impacto disso é o risco de essas áreas não terem porte de corte na próxima safra – afirmou, referindo-se ao fogo que atingiu as plantas em fase de rebrota.
A baixa precipitação pluviométrica observada ao longo de todo este ano tem aumentado os focos de incêndios não apenas nas áreas de cultivo de cana, mas também em áreas plantadas com outras culturas, pastagens e áreas com cobertura vegetal. Informações apuradas pela Polícia Militar Ambiental e outros órgãos do governo estadual mostram que até o início de setembro haviam sido registrados 2.981 focos de queimadas e incêndios florestais em São Paulo, um crescimento de 140% em relação ao mesmo período de 2013.
Conforme a Unica, em alguns casos os incêndios são atribuídos aos produtores de cana.
– A Unica esclarece que desde 2007 o setor vem atendendo ao Protocolo Agroambiental, estabelecido de forma voluntária junto ao governo do Estado de São Paulo para a antecipação dos prazos de eliminação da queima na colheita da cana – explica a entidade.
Em 2013/2014, a colheita mecanizada chegou a 83,7% da área total cultivada com cana em São Paulo.