Como a China derrubou algumas políticas para permitir o aumento das importações de grãos nos últimos anos, o nível de produção se tornou um indicador importante sobre o potencial de crescimento do comércio agrícola chinês.
As produções de trigo e arroz cresceram para 7,05 milhões de toneladas, com qualidade dos grãos muito superior à obtida nos últimos anos, afirmou o economista-chefe do ministério da Agricultura da China, Bi Meijia, em coletiva de imprensa. Ele não abriu os números por commodity.
Bi também afirmou que o rendimento das lavouras registrou alta, atingindo o maior nível em oito anos. O ritmo de colheita cresceu 0,9% ante 2013.
Neste ano, o Ministério alterou a categoria de grãos sob a qual o país precisa atingir o nível de “segurança absoluta”, excluindo milho e mantendo apenas arroz e trigo. Analistas dizem que a mudança sugere que o governo continuará perseguindo a autossuficiência na produção desses produtos, mas deve deixar o mercado de milho ainda aberto a importações.
O porta-voz não revelou dados de produção de milho, apesar de afirmar que a safra do grão registra crescimento constante.
O governo chinês está ansioso por diminuir a sensação, entre agentes da indústria, de que o país está importando mais grãos. A China também tem trabalhado para ampliar sua fonte de suprimento de milho. Nos últimos anos, os Estados Unidos foram fonte de 97% das importações chinesas do grão.
– Agora, importações de arroz, trigo e milho respondem por 2,4% da nossa produção, o que é relativamente baixo. Nós vamos importar uma parte do que temos pouca oferta, mas os volumes não serão grandes – afirma o economista-chefe.