A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro) ajustou suas estimativas de perdas da safra de soja do estado por causa da estiagem, elevando a previsão de quebra na soja.
Os prejuízos para a oleaginosa cresceram de 13% da área, esperada no início de janeiro, para quase 19%, neste momento. Os dados fazem parte do segundo levantamento feito pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) e consideram uma média ponderada de área de 3,2 milhões de hectares com soja.
O presidente da Fecoagro, Paulo Pires, disse que a variação na soja ocorre por causa de uma percepção de queda mais acentuada em regiões tradicionais de plantio. Segundo ele, o centro-norte do Rio Grande do Sul é o mais atingido, principalmente os municípios de Santa Bárbara, Itapera, Soledade e Não-me-Toque.
Embora tenha chovido nos últimos dias e a colheita da oleaginosa só comece em março no estado, já se sabe que as lavouras que foram plantadas precocemente, em outubro, têm uma quebra de mais de 30%, segundo Pires.
“A soja que foi plantada mais cedo estava em fase de florescimento durante a seca e, por isso, é muito difícil reverter as perdas. No nosso entender, já há uma quebra instalada de produção”, disse.
As áreas que foram plantadas a partir de 20 de novembro, em contrapartida, como ainda estão começando o processo de reprodução e dependem do clima, podem ter uma boa recuperação se chover regularmente até março.
Caso as condições climáticas não sejam favoráveis, no entanto, as estimativas de quebra podem se agravar, lembra o presidente da entidade.