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EUA terá safra recorde de soja: saiba como se proteger

USDA eleva ainda mais a previsão para a colheita americana da oleaginosa. Veja como garantir que sua lavoura não caia nas armadilhas do mercado financeiro

Daniel Popov, de São Paulo

Não será desta vez que o Brasil se tornará o maior produtor de soja do mundo, segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), os americanos devem colher 110,5 milhões de toneladas na safra 2016/2017, contra as 103 milhões de toneladas de soja projetadas para a temporada brasileira.

Este anúncio trouxe alguns questionamentos ao mercado brasileiro, que já esperava uma safra americana muito boa, na casa das 107,4 milhões de toneladas, entretanto há dúvidas de como os preços da oleaginosa irão reagir. “O mercado físico interno de soja acusou um baque externo e a queda no preço acende o sinal de alerta, reforçando a impressão de que, talvez, o melhor momento para a venda já tenha passado”, afirma Gil Barabach analista da Safras & Mercado. “Dólar sem força e Chicago em queda, diante dos bons sinais da safra norte-americana, fortalecem esse sentimento.”

A safra brasileira que já estava rodeada de equações a serem resolvidas para que o produtor conseguisse uma margem de lucro satisfatória, como o endividamento, a falta de recursos para financiar a nova safra, o clima, entre outros, ganha agora ares dramáticos. “A situação comercial para a safra nova de soja do Brasil será mais desafiadora, por isso, é importante que o produtor busque proteção contra os riscos de preços. Monitore o mercado, dilua suas posições e vá garantindo rentabilidade”, ressalta o analista.

Barabach ressalta que caso a safra americana se confirme a tendência para os preços é negativa e o produtor deve pensar em como trabalhar melhor a sua comercialização para aproveitar as oportunidades e não ficar esperando preços altos tentando ampliar a margem de lucro. “Claro que se surgir uma oportunidade de ampliar sua margem o agricultor tem que aproveitar. Entretanto, ver uma chance de ganhar e esperar para tentar ganhar muito mais pode ser a fórmula do prejuízo”, garante.

A última dica do analista é para que os produtores que ainda não começaram a comercializar sua safra 2016/2017, o façam o quanto antes. “Os sojicultores que ainda não travaram nada estão correndo um risco muito maior que os demais, pois dificilmente veremos preços como agora, a menos que aconteça algum problema na safra americana, mas o melhor é não deixar tudo para a última hora”, alerta Barabach.

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