Se não tivesse chovido nessa terça, dia 12, os primeiros grãos teriam sido colhidos no noroeste do Estado. Principalmente naquelas áreas onde a cultura é destinada para a silagem. Amauri Stringhini, que plantou 130 hectares em Rincão do Sossego, interior de Santo Ângelo (RS), começaria na terça a retirar o produto da lavoura. Mas terá de esperar pelos menos dois dias de sol para colher uma das melhores safras de milho que já cultivou.
Stringhini espera obter 160 sacas por hectare de milho úmido, o que equivaleria a 120 sacas por hectare do grão seco. Essa produtividade ele recorda ter conseguido na década de 1990. Além de ter sido beneficiada com chuva, a lavoura não sofreu com nenhuma doença e não precisou fazer aplicação de fungicida.
? O diferencial foi a chuva ? conta o produtor, que obteve no ano passado média de 90 sacas por hectare.
Na região, o desenvolvimento surpreendeu. Na área de atuação da Cooperativa Tritícola Regional Santo Ângelo, o rendimento médio poderá chegar a cem sacas por hectare.
? O produtor usou boa tecnologia porque os insumos ficaram mais baratos. E o clima ajudou ? explica o engenheiro agrônomo da cooperativa, Zecarlos Libardoni.
? O milho precisa de bastante chuva. Os problemas que tivemos na cultura, em razão de temporais, foram pontuais ? diz o assessor da Diretoria Técnica da Emater, Célio Colle.